quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Local do crime

02.Outubro.2014

 Não pensei um dia voltar. E cheguei a dizer que não voltava. O susto foi mesmo a valer e pensar sequer na hipótese de acontecer de novo causa pânico.
 Ao fim de três meses e meio volto à casa onde me parti toda. Crua e friamente falando. Casa esta que praticamente me viu nascer e crescer tinha-me trocado as voltas. A ter ganhado medos, as escadas da ordem é o maior!
 Nunca pensei um dia ter medo de alguma coisa. É estranho, porque toda a gente tem medos e receios, mas a tê-los, tento sempre ultrapassá-los.
 Ora, este trágico acontecimento trouxe-me quase que uma fobia, mas que irei ultrapassá-la, pois não posso viver à volta de um medo. O medo não pode dominar, porém deve ser dominado.
 O meu medo, e que felizmente não é medo, mas receio, é sair à rua sozinha! A auto-confiança é a base para se levar uma vida independente, e para já, isso ainda não me é possível!
 A lutar diariamente contra esse medo, tendo a ficar mais forte e independente. Um dia mais tarde, isto não passará de uma má memória. Acompanhar-me-á a vida toda, pois agora faz parte de mim, e não mais esquecerei. Mas uma memória - para o bom e para o mau - não passa de isso mesmo.






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