quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Amor

08.Outubro.2014

 O dia de ontem foi intenso. Magia do início ao fim. Inicialmente, era suposto passar o dia com a mãe, na ordem, mas a luz trocou-me as voltas. Acordei e liguei à Mamie. Queria ir passar o dia com ela. O Manuel já lá ia almoçar, juntou-se o útil ao agradável. Levantámo-nos, lavámo-nos e partimos. Os almoços nos avós são sempre agradáveis, embora às vezes repetidas, a Mamie tem sempre aventuras que contar. Adoro conversar com a minha Mamie, estamos horas a fio a falar e a rir. Claro que, já não pode falhar o belo do registo - é um máximo tirar 'selfies' com a Mamie! Dava um bom mimo, pois a expressão facial pouco muda - é de chorar a rir! Depois é sempre tempo de ver os e-mails que a Mamie recebe - não é toda a gente que tem uma Mamie modernaça que não só tem um portátil com uma caixa de mail's! Gosta sempre de a ter limpa, portanto aproveita quando lá vou porque diz que eu sou muito rápida a escrever! A última aquisição da Mamie é uma bicicleta - daquelas imóveis! Todos os dias a Mamie pedala uma hora, em períodos de quinze minutos, com intervalo! Entre as nossas conversas, a distracção absorve-a e ontem pedalou quase vinte e dois minutos! - Devia ir lá mais vezes!
 O dia foi passando, e como sabia que não ia lá ficar, parece que ainda passa mais rápido! Batiam as dezassete e pouco quando a mãe me foi buscar. Afinal, só meio dia tinha passado. Tínhamos pela frente uma viagem até Palmela, rumo ao Bando! Lá esperavam-nos os nossos amigos Elsa e Zé. O dia ainda há pouco tinha nascido e, de repente já eram horas de jantar! Iamos ver o mais projecto da companhia - Quarentena!  O ponto de encontro era no Cine-Teatro São Carlos. Os espectadores estavam divididos em grupos, e a dinâmica de cada um era diferente. A nós calhou o Q4 - que nos levou a uma garagem - vista de fora - mas que dentro era outro mundo! Não estávamos mais em Palmela, pelo menos fisicamente! O que se passou lá dentro foi mágico, intenso e efêmero. «O que é o sonho?», «Será o sonho real?», «Seremos nós reais?», «Será uma pedra, real?» - questões pertinentes (im)postas na peça que ainda agora tento responder e não consigo!
 No final, agradecemos e saímos do espaço teatral, de volta ao lugar comum. Entrámos numa carrinha, rumo ao Bando. A carrinha tinha cortinas pretas, e não era possível espreitar para fora - a ideia é não voltar àquele lugar! Tivemos a sorte de nos entrar 'o menino' carrinha dentro. Pensei: "Uma cara conhecida! Que bom!" - Era o nosso querido amigo Raúl! No Bando esperava-nos uma deliciosa sopa de peixe. A sala estava dividida com uma cortina. Jantámos com alguns actores, ficámos na mesa do Raúl. Podemos conversar e saborear a sopa. De seguida, as mesas de jantar transformara-se em palco. Recuámos as cadeiras, e estávamos num novo espaço teatral. Fazíamos parte!
 A Quarentena é e será uma epidemia efémora. Gostava de ver novo, mas tenho medo de estragar a magia, porque sei que nunca mais vou viver o que ali vivi ontem!

































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