quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Paulo Pires

26.Fevereiro.2015

 Há, exactamente 47 anos atrás, nascia aquele que um dia seria o meu actor de eleição. Tão bom! Hoje, faz anos o Paulo. O grande Paulo Pires. Apesar de ter começado carreira na moda, foi a representação que o catapultou para o estrelato.
 Desde que me lembro de começar a perceber qualquer coisa de 'acting', que acompanho o trabalho do Paulo. Quando sei de algum projecto em que ele participe, começo a vê-lo por sua causa. Depois, entro no ritmo e acompanho a trama, claro!
 Onde o gosto mais de ver, é no palco. No Teatro. Embora não faça muito, fá-lo bem. E eu, tento sempre não perder a oportunidade.
 Os actores são seres como quaisquer outros. Têm a sua vida privada, e expõem-se ao essencial. Já tive a oportunidade de me cruzar com o Paulo 3 vezes. Bem, 4. A primeira de todas já foi há uns anos, e eu era demasiado nova e envergonhada para lhe ir falar. Foi num restaurante.
 O primeiro encontro foi em 2013, depois de ir ver uma peça com ele, enchi-me de coragem e lá fui pedir uma fotografia. Acho que tremia toda, mas não se sabe o dia de amanhã e perder essa oportunidade era estúpido da minha parte.
 O segundo foi um mês e pouco depois do primeiro, e por coincidência. Teve outro encanto. Passeava eu pela baixa com uma amiga, quando passámos pelo teatro onde ele estava em cena da altura.
 Quando encontro o Paulo na rua, penso sempre que tenho uma sorte imensa e vivo o momento como se fosse a última vez que acontece. Embora os actores sejam pessoas comuns, têm a sua vida e o seu percurso. Não sempre andam por aí a passear. Lá lhe fui falar, dois dedos de conversa e mais uma fotografia.
 Parece que a cada vez que o encontro, o momento sabe sempre melhor que o anterior. De facto, o último encontro deu-se à relativamente pouco tempo.
 Actualmente, o Paulo está com um trabalho em Teatro. O qual, obviamente, não poderia deixar de ir! No final da peça, fiz aquilo que todos os 'fãs' fazem. Esperar que o actor saia para poder 'eternizar' o momento. Mais uma fotografia. E, ao fim de quatro encontros, um belo autógrafo!
 Temos actores no nosso mercado muito bons. Óptimos. Mas, como parte da raça humana, temos preferências. O Paulo Pires é um grande actor. Gostava de ter mais oportunidades de o ver a fazer teatro!
 Acredito que, durante a vida, terei oportunidade de o encontrar mais vezes. Gosto de lhe falar. Gosto de lhe dizer o quanto gosto do seu trabalho. E que lhe estou sempre atenta!

Parabéns Paulo Pires!



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Óscars 2015

22.Janeiro.2015

 Há uns dias que não venho aqui. Até tenho tido uns dias diferentes, mas nada que sinta necessidade de partilhar. Tenho escrito. Mesmo de acesso condicionado, tenho escrito.
 Depois de ter visto a gala mais esperada do ano e pensado sobre o assunto, decido hoje vir partilhar convosco.
 Ora, este ano portei-me mal. Portei-me mal a diversos níveis, mas portei-me muito mal por não ter visto um único filme que esteve nomeado. Quis ver, muitos, e alguns em particular. Não tive oportunidade. Não escrevo completamente cega, porque até sei nomear os filmes, e sobre o que tratam. Mas não vi. Tenho pena. Se há coisa num mundo cinematográfico, que não existe no teatral - as pessoas têm um bocado a mania de juntar estas duas artes. Têm coisas em comum, mas são muito diferentes - é o facto de poder ver um filme over and over again. Podemos não o conseguir apanhar no período de exibição mundial, mas sabemos que mais tarde poderemos sempre vê-lo!
 É isso que farei. Com o meu tempo, vou ver os filmes que quero e poder sentir o que muitos já sentiram. O que os filmes nos dão e o que sabemos aproveitar deles!
 No entanto, apesar desta enorme falha, vi a gala dos Óscares.
 Para além de gostar do discurso de agradecimento do vencedor de cada categoria, há discursos que ficam e que marcam. Marcam por ser uma fusão de saber o que diz com por quem é dito. Hoje, e como não poderia deixar de ser, destaco o discurso 'IN MEMORIAM' pela grandiosa Meryl Streep. Se os óscares são importantes para destacar o excelente trabalho que existe a nível cinematográfico mundo fora, são igualmente importantes para homenagear os pioneiros e os grandes nomes que deixaram a sua marca nesta área artística.
Transcrevo, de seguida, o discurso da Meryl Streep. Não só por ter um amor incondicional ao trabalho desta Mulher, mas por também partilhar as suas sábias palavras.
 "No seu livro de memórias, Joan Didion disse o seguinte acerca da dor: 'Se nos falta uma certa pessoa, o mundo inteiro fica mais vazio.' Esta noite, ao reflectirmos na perda de tantas pessoas talentosas este ano, é difícil não sentir este vazio, pois no tempo que cá estiveram, preencheram imenso as nossas vidas. Seja qual for o papel que desempenharam no Cinema, os filmes em que participaram fizeram-nos rir, reflectir, chorar e ver a vida com outros olhos. Estimularam-nos e animaram-nos quando precisávamos. Desafiaram as nossas mentes e chocaram a nossa complacência. Com o seu trabalho, partilharam uma parte da sua alma. E sentiremos a falta deles com a mesma tristeza que sentimos a falta de um velho amigo. Mas o seu trabalho perdurará para nos recordar da sorte que tivemos por tê-los connosco por algum tempo. Nunca haverá outros como eles. Cada um deles."
 O único sentimento que consigo ver nas palavras desta Mulher é AMOR! Amor pelo que faz. Amor pelo que diz. Amor quando diz.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sílvia!

12.Fevereiro.2015

 Ontem foi dia de amor. E que amor. Acharão que comecei cedo demais, mas não pratico o amor uma vez por ano, e como já anteriormente o disse, não percebo que exista um dia específico para o celebrar. O mais recente projecto em que me meti está a ser um desafio enorme, e é um desafio pelo qual nunca tinha passado ou sequer pensar propor-me a ele.
 Na devida altura, poderei partilhar!
 Foi noite de Teatro. Com as minhas irmãs. É bom poder ter pessoas que, não forçosamente interessadas no que vão ver, te acompanham. No caso, estavam interessadas. Melhor!
 Mais uma vez, encontrávamos-nos as três M's.
 Fui a primeira a chegar, porque tinha que levantar os bilhetes. A peça, SÍLVIA! O meu maior interesse, o Paulo Pires!
 Esperei eu quarenta e quatro dias de ano novo para poder praticar, mais uma vez, a arte do reencontro!

"Sílvia" é uma comédia muito bem conseguida. E eu sei o quanto difícil é fazer uma boa comédia. Gonçalo (personagem interpretada pelo Paulo) decide um dia não ir trabalhar e vai dar um passeio ao parque. Nisto, encontra uma cadela abandonada, Sílvia, e leva-a para casa. Depressa criam laços, embora a mulher deste não ache grande piada.
 A história baseia-se no amor entre Gonçalo e Sílvia. Uma delícia.
 Tinha imensas saudades de ver o Paulo em cena. Que belo reencontro.
 No final da peça, não podia vir embora sem (mais) uma fotografia. A cara não lhe é desconhecida (YES), o nome pensou um bocado e chegou lá! NOSSSSSSA, FOI MARAVILHOSO.
 Desta vez, e ao terceiro encontro, não pude deixar escapar o autógrafo.
 Que posso eu mais querer...!
 Que noite valiosa.
 Obrigada Paulo Pires!










segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

PAI

09.Fevereiro.2015

 Hoje é dia do Pai. Do meu Pai. Faria 69 anos.
 Já não diambula pelas ruas, como diambulava. Já não toma cafés a fio como tomava. Já não fuma, como chaminé que era. Talvez estas duas últimas características que fossem as mais acentuadas.
 O ano da partida do Pai foi um ano de mudança. Para todos. e para cada um de nós!
 Todos os anos vivo esta data, ou tento vivê-la da melhor maneira possível, de sorriso na cara - porque era assim que o meu Pai gostaria.
 Tinha cabelo escuro, e um bigode simpático. Isto não se diz, mas com ele fazíamos tudo o que gostávamos.
 Passeávamos e vivíamos os fins-de-semana no campo. Não havia horas precisas, e tomávamos o pequeno-almoço na cama, a ver desenhos animados.
 Brincávamos sempre na rua, e com a mais pequena pedra, nos divertíamos. Corríamos e esfolávamos os joelhos. Eu principalmente.
 Um dia, o Pai comprou um computador. Na altura, o mais recente Mac, dos primórdios da Apple. O que nós gostávamos de mexer e fazer jogos nele. Acho que tínhamos o tempo contado. Estava sol na rua e o Pai não queria que passássemos o dia agarrados àquela máquina.
 À noite, víamos um programa brasileiro - 'Sai de Baixo' - de comédia, todos juntos!
 Um dia, o Pai partiu. Partiu numa longa viagem, e não mais voltou. Já não volta.
 Mas o bom da vida são estas memórias! Essas, jamais partem.
 Permanecem.
 PARABÉNS PAI, farias 69 anos.






domingo, 8 de fevereiro de 2015

Grão a Grão

07.Fevereiro.2015

 Ontem, fui ao Teatro.
 Já pouco me lembro do que é estar sete dias seguidos sem pisar uma casa onde se é criança, adulto, feliz, amado - tudo isto numa só noite!
 Desta vez, o destino foi Vale de Barris, para ver a mais recente produção do Bando.
 Ganhei bilhetes, e lá fomos nós até Palmela.
 Optámos por não ir lá jantar. Quando lá chegámos, fomos recebidos como se lá estivéssemos estado no dia anterior. É óptimo sentir isso.
 'Grão de Bico' - e se as há, peças com títulos abstractos, no caso desta, não poderia ser mais concreto. A peça trata a vida de um casal de grãos de bico, em que a mulher queria muito ter um filho para poder deixar os seus bens. E consegue!
 É uma delícia! E passa a voar.
 Há já algum tempo que não ia até ao Bando, e ontem foi óptimo voltar àquele espaço tão caloroso e familiar!
 E é desta fabulosa maneira que se vai compondo a agenda teatral.




sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sonoridade

05.Fevereiro.2015

 Fossem todas as semanas como esta, que os momentos menos bonitos da vida me passariam ao lado. Dar luz à criatividade de dia, ir ao Teatro à noite.
 Ontem, foi a vez de Meridional. Continuo sem perceber muito bem a razão pela qual certas peças estão tão pouco tempo em cena. Se as queremos realmente ver, temos de nos apressar!
 Eu quis!
 'O Som e a Fúria' - e porque queria eu tanto ver esta pela?! Pelo João, pois então.
 Vejamos esta peça como um mise en scène - onde existe uma necessidade de uma prévia explicação sobre a acção que irá decorrer. A peça inicia com uma breve leitura.
 A acção gira em torno da queda da família Compson, e é relatada por cada um dos irmãos, Benjy (Ruben Chama), Quentin (Filipe Araújo) e Jason (João Cabral) com a respectiva versão.
 O texto, dividido em quatro secções distintas, centra-se na ruína da família Compson que, num ambiente  de desintegração e constrangimento, luta para lidar com a dissolução da sua família e da sua reputação.
 Não existe diálogo, e a história  é contada directamente ao público. É uma abordagem diferente, mas igualmente interessante.
 Percebo que possa não entusiasmar os demais. Eu gostei!
 O cenário está interessante.

 Agora é tempo de criar. O tempo escasseia, e as ideias andam por aí soltas...




quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

PLAY !

04. Fevereiro.2015

 Ontem foi um dia em cheio. Almoço nos avós e Teatro com a minha Rita!
 Esta semana ainda não tinha estado com a Mamie. Faço questão de estar com ela uma vez, pelo menos, por semana! É-lhe simpático e a mim torna-me feliz! Passámos a tarde juntas!
 Penso, e tento já não passar uma semana sem ir ao Teatro - isto quando estão em cena peças que me interessem, claro está! Se não tentarmos fazer o que realmente gostamos, ninguém o vai fazer por nós!
 'PlayLoud' levou-me até ao Teatro da Comuna. A lista vai ficando mais curta. Que bem me sabe.
 A peça trata amores e desamores da juventude. O amor e a vida. Trata da relação humana ao encontro do amor.
 Conta com um elenco de excelência, razão maior pela qual decidi ir ver esta peça!
 Estes seres poderiam ser um grupo de música e a sua vida um ensaio intensivo.
 Basicamente, adorei a peça!
 No final desta, ainda pude estar com o meu Nandinho!
 São dias como este que me completam e deixam realmente feliz!
 Next stop: Meridional!