Hoje falo-vos de um dos mais importantes festivais de cinema em Lisboa. Entre 16 e 26 de Outubro ocorre o DocLisboa. O DocLisboa é um festival de cinema documental, no qual nos é permitido encontrar novas maneiras de pensar e agir no mundo, assumindo desta forma uma liberdade que supões uma íntima implicação entre o artístico e o político. «O que procuramos é dar a ver filmes que eventualmente nos ajudarão a compreender o mundo em que vivemos e a encontrar nele possíveis forças de mudança.»
E porque dou eu importância a este tema? Duas simples razões: o meu gosto por cinema e o facto de ter sido convidada em 2009 a integrar a categoria Júri Escolas no VII Festival Internacional de Cinema. Penso que a primeira nasceu da segunda.
Na altura que me foi feito o convite, frequentava o primeiro ano de Teatro, e pareceu-me uma boa experiência a juntar ao currículo.
Passados cinco anos - ou cinco edições, recordo-me como se fosse ontem. Talvez também pelo facto do festival ser anual.
Este ano não pude estar presente, e isso fez-me lembrar o quanto gostei de ter feito parte do festival - afinal de contas - ser júri é uma parte importante! Foram dez dias loucos, em correria entre a Culturgest, o cinema Londres e o cinema São Jorge.
O programa estava previamente estipulado, portanto não vi todos os filmes da edição, mas cheguei a ver dois a três filmes por dia.
Juntamente comigo, fizeram parte do júri mais 4 colegas meus. Saímos das aulas e voávamos até ao sítio onde os filmes seriam projectados. Infelizmente não tivemos grande intimidade com os realizadores, mas pudemos ver de perto como se monta um festival de cinema!
O filme eleito por nós tem como nome "Pare, Escute, Olhe", de Jorge Pelicano. Trata da linha ferroviária do Tua, em que esta é ameaçada por uma barragem. Deixo-vos aqui um excerto:
«Dezembro de 1991. Uma decisão política encerra metade da centenária linha ferroviária do Tua, entre Bragança e Mirandela. 15 anos depois, a sentença amputou o rumo do desenvolvimento, acentuou as assimetrias entre o litoral e o interior de Portugal. Agora, o comboio é ameaçado por uma barragem. Uma viagem por um Portugal profundo e esquecido, conduzida pela voz soberana de um povo inconformado, maior vítima de promessas incumpridas dos que juraram defender a terra.»
Foi uma experiência que não mais esqueço, e espero que em futuras edições consiga estar presente!
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