sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Dois Mil e Quinze

25.Dezembro.2015

 E chegámos à última semana do ano. De facto, este ano passou mesmo a correr! Infelizmente não consegui aqui vir com a assiduidade que gostaria.
 Acho que é o primeiro em que consigo destacar momentos bonitos nos doze longos meses que finalizam.
 A minha ausência por estas bandas deve-se a algum trabalho. Mas fica aqui a "promessa" de tentar ser mais assídua neste meu pequeno espaço.
 Ora bem, fazendo um throwback mind, acho mesmo que este pode ter sido o meu ano. Consigo sentir isso, não sei se terá sido de facto, mas parece-me.
 Estamos no Natal e pareceu-me a altura ideal para vir aqui rematar 2015. Foi um ano de vitórias, posso assim dizer.
Tive A experiência da minha vida - isso, garantidamente. E conheci pessoas que guardo para a vida! Todos os dias penso na Cornucópia, nas pessoas que conheci e nos amigos que fiz! Na altura escrevi sobre, mas nunca é demais agradecer ao Luis Miguel, ao Luis, à Cristina, à Sofia, à Linda, ao Sopas, à Anabela, ao Reixa, à Margarida, ao Rui, à Lara e ao António! É-me difícil verbalizar o que realmente sinto, porque nem todos entendem. É AMOR!
 Quanto ao mundo do Teatro, deverá ter sido o ano em que me portei melhor! Fico surpreendida comigo com a quantidade de peças que consegui ver. Ainda assim, não vi tudo o que queria. Já viram que loucura, passei o ano a saltitar de Teatro em Teatro e mesmo assim não consegui ver tudo o que queria. Há mais peças de Teatro que tempo. VÃO AO TEATRO! (E, embora diga isto, a falta de tempo não é desculpa), SEMPRE que pude, fui ao Teatro!
 Adoro o Natal, e este frio que o caracteriza. É um frio diferente!
 Como já vai sendo hábito, tive um jantar de família a 24 e um almoço a 25. O serão de ontem foi animado, depois do jantar tive que chatear os avós, porque a estes já lhes custa aguentar até à meia-noite. Mas se é para viver esta quadra, que seja como deve ser!
 A dinâmica foi semelhante, fizemos o amigo secreto. Este ano, calhou-me a Mamie. Infelizmente tive menos tempo para lhe oferecer um presente digno, mas ainda assim, penso e espero não tê-la desiludido! É a pessoa mais difícil a quem dar qualquer coisa, pelo facto de estarmos muito tempo juntas, a discrição tem um nível exigente. Não é fácil enganá-la, mas consegui que não descobrisse que era eu até ontem. Ofereci-lhe um livro. Pessoalmente, acho pouco, mas não tive realmente tempo e originalidade.
 Não vejo como uma coisa má, uma vez que ao longo do ano, vou lhe dando pequenos miminhos, e faço-lhe bastante companhia. Temos uma relação realmente próxima!
 Aos meus que andam lá fora, nunca são esquecidos! São lembrados diariamente com o maior amor e saudade possível! Quero muito voltar a estar convosco, e espero que seja para breve.
 No início deste ano - e não viesse eu falar de Teatro - desenhei um calendário teatral! E a média de peças vividas até que não está mal de todo. Ainda assim, esforçar-me-ei para superar no novo ano que, devagarinho, se faz ouvir.
 Neste campo, espero que 2016 seja um ano promissor e que consiga realmente ver tudo quanto queira. É realmente aquilo que me faz feliz. Não é preciso muito!
 Nem todo o ano é feito de vitórias, mas não vejo isto como uma derrota. A minha melhor amiga foi fazer o primeiro semestre deste ano escolar a Macau, imaginem! Macau, adorava! Infelizmente não a consegui ir visitar, porque as viagens são realmente caras. Nunca pensei dizer isto assim, mas "VIVA A TECNOLOGIA", graças a ela, falamos todos os dias. Se bem que Ser presente e Estar presente seja momentos diferentes. Mas podemos Ser sempre presentes uma da outra, e não foi o facto dela estar no outro lado do mundo que nos afastou. A pouco e pouco a aventura dela chega ao fim, ainda que, com dois meses pela frente, tenha muito para viver! Chegará até mim com o amor que a carateriza e com mil histórias e aventuras para me contar!
 Outra "ausência" que se fez sentir este ano, e desta vez, na família, foi a minha irmã Marta. Por motivos que todos nós conhecemos tão bem, decidiu emigrar, por uns tempos, rumo ao Norte da Europa. Mais uma vez, temos que agradecer à tecnologia que, embora tão longe, nos faz parecer tão próximos. Felizmente, a Marta veio cá passar o Natal, e posto isso já podemos matar as saudades que se fizeram sentir nestes últimos meses!
 Não me consigo despedir de 2015 sem antes falar de três pessoas especiais - porque já o são - que conheci este ano. Ter entrado na Nova mudou o meu ritmo de trabalho. A todos os níveis. Até a mim me surpreendo...
 E foi exactamente aqui que eu percebi que NUNCA É TARDE PARA FAZER AMIGOS! E eu tenho uma sorte desgraçada por ter conhecido a Leonor, o Rui e o Alexandre. Não consigo explicar, mas sei o que estou a dizer. Sei que vou estar com eles três anos intrinsecamente, mas sei também que os vou querer para o resto da vida! Fazer amigos é realmente a melhor coisa do mundo, (melhor ainda que chocolates milka)!
 Estou naquela fase louca da vida em que tenho que os chatear todos os dias. E já não os vejo há uma semana, mas quero saber deles! São-me especiais. E esta experiência está a ser mais enriquecedora pelo facto de os ter comigo! A eles, desejo um ano 2016 muito especial!
 E com este post me despeço do ano que finda. Até voltar aqui, que será breve, vou engordar e ser feliz!
Feliz Natal.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Cornucópia

17.Outubro.2015

 Entre aulas, estudo e trabalhos para fazer, ironicamente pouco tempo me resta para escrever. De repente, o ritmo da vida mudou. A rotina mudou. A própria vida mudou.
 Este fim-de-semana lá fui eu àquela já minha bonita casa. A Cornucópia. Para assistir a uma conversa sobre a mais recente produção da própria. O Hamlet!
 Recuemos agora um pouco no tempo, onde a casa se me dá a conhecer.
 Pasolini. Nunca pensei que este nome me traria pessoas tão bonitas e de uma sensibilidade extrema.
 Estudei Teatro já lá vão uns anos. O gosto, esse terá nascido comigo. A minha relação com o Teatro não consigo explicar por palavras, mas sei que, como eu, muitas pessoas, hoje amigos, sentem o mesmo.
 Quando fui ver "Pílades" ao D. Maria, apaixonei-me. Apaixonei-me pela história. Apaixonei-me pelas personagens. Apaixonei-me pela Companhia. Mas sobretudo, pelos actores.
 Que isto acontecesse, nunca pensei como impossibilidade. Agora, que um dia mais tarde, pudesse conhecer e fazer parte desta família, isso nunca me teria passado pela cabeça!
 Desde então, tentei sempre seguir o passos dessas pessoas que me fazem querer brilhar a seu lado. Isac, Sílvio, Guilherme, João, Rita, Bernardo, e sobretudo, Luís Miguel!
 Sábado, e desde então a digerir, recebo a notícia de que o Luís Miguel se irá retirar das tábuas fundadas aquando findar o último espectáculo de Hamlet em Almada.
 Não vai para a reforma, que é na Cornucópia que ele está bem. Doravante apenas encenará. O brilho, esse só mudou de lado.
 O Luís Miguel não é Homem de estar em casa a ver televisão. Continuará a encenar e a dirigir actores como tão bem sabe!
 Aprendi e CRESCI com o Luís Miguel!
 O seu legado, esse está muito bem guardado com a família que construiu na Cornucópia. Saber que existe um Ser que o Luís Miguel vê como se fosse o próprio em jovem, é um privilégio. Conhecer esse Ser é O privilégio.
 Guilherme, e agora falo-te directamente. A primeira vez que te vi em cena (e talvez já terá sido tarde, devido à história de peso que a Cornucópia tem), foi no "Pílades". E não me perguntes porquê, mas de facto não consegui tirar os olhos de ti. Nunca. E pensava em como gostava de te conhecer. Entretanto, e sem explicação possível, aconteceu.
 Desde então que tento não perder um espectáculo teu!
 Falando do / no presente. Ninguém o diz, mas todos o pensam. Tens em mãos a maior preciosidade da vida. Saberás! O amor que te foi depositado. E o amor que depositas, comove-me! E quero que saibas que é uma honra e um prazer conhecer-te. Saber que viste uma peça comigo em cena. WOOOW. Nunca acreditei ser possível. Obrigada. Sou uma privilegiada por te conhecer e poder acompanhar o teu trabalho.
 Só tenho a agradecer a esta Casa por me ter recebido tão bem!


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Ao regresso

25.Agosto.2015

 Infelizmente não escrevo quando quero ou me apetece. Embora este espaço seja livre de canones ou regras, gosto de ser algo coerente nos meus rascunhos. A vontade existe, mas sem criatividade, pouco me atrevo.
 Há dias, e de hoje não passa, que ando para escrever sobre uma bonita aventura. Não minha, mas de um amigo, que eu acho que deve ser partilhada. E escrevo sobre isto porquê? Não fui com ele. Não a vivi com ele. Não vivi o que ele viveu. Mas apesar de isto tudo, consegui entrar na brecha que ele construiu entre a viagem e as pessoas que cá deixou.
 É tão bom quando se cruzam pessoas bonitas na nossa vida. Melhor ainda, quando se tornam nossas amigas. Hoje dedico esta publicação ao meu amigo Sílvio. Amigo. Sim. Com A grande. Não consigo imaginá-lo de outra forma porque gosto desde miúdo inexplicavelmente. Sinto uma enorme admiração, e gosto dele tão genuinamente que o considero um pequeno-grande amigo. (Pequeno só por ser mais novo), porque de facto, o adjectivo que melhor o caracteriza é: GIGANTE!
 O Sílvio tornou-se uma inspiração. Com ele, e ele saberá depois de me ler, aprendi a acreditar que realmente é possível. E um abraço a este rapaz recarrega-nos forças para tanto tempo! «Sílvio, no nosso próximo abraço entraremos em apeneia!» Um mês e tanto longe, é demais.
 O Sílvio propôs-se a uma aventura que se calhar muitos gostariam de viver - eu gostava - mas que nem todos se predispõem a abraçá-la. 'LET'S LIVING ON THE EDGE' Sílvio! És tão grande miúdo. Mas esta minha admiração, e agora falo-te directamente já vem de trás, da primeira vez que te vi em palco. Longe de imaginar que nos íamos tornar amigos. E desta feita, mais uma vez o amor maior a ser o cupido desta amizade: o Teatro.
 És de facto uma inspiração. Para os outros não sei. Não posso saber. Para mim, és. Só te tenho a agradecer pelo que dás e pelo que queres dar. A tua forma de viver tão genuína e altruísta faz de mim uma amiga tão babada. Percebes porque quero partilhar igualmente contigo momentos loucos?! Acredita que não desafio toda a gente que se cruza comigo para se aventurar nestas andanças. Só as que penso serem merecedoras de tal loucura.
 Terminas, a teu tempo, esta tua maravilhosa aventura. Agradeço por me teres levado contigo. Obrigada por seres como és. Grande.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

FESTIVAL DE ALMADA

4 a 18. Julho.2015

 Hoje falo-vos da 32ª Edição do Festival de Almada. Depois de um longo - espero que o maior - período sem aqui vir, sinto a necessidade de escrever e partilhar.
 Confesso ter tido momentos em que a vontade era maior que a inspiração, e é por essa mesma razão que não escrevi. Este meu espaço é um lugar sagrado para mim. Embora o partilhe convosco, sei que posso escrever tudo quanto me apeteça.
 Ora, e haverá melhor tema para a reaproximação a esta necessidade?! Claro que não.
 Às vezes penso que os sinais da vida estão só à espera de serem vistos. Não havia melhor pessoa para partilhar esta experiência que o António. Ou talvez houvesse, mas eu não queria.
 Todo o Festival foi uma aventura, a começar pelo facto de acontecer na outra margem do rio. Quando a rotina entra no corpo, passa tudo a automático. Durante quinze dias, lá ia (quase) diariamente até Cacilhas. Nunca andei tanto tempo seguido de barco, e apercebi-me que é o mais giro dos "transportes públicos". Ter que atravessar o rio todos os dias enche-nos os pulmões de ar puro.
 Com todas as armas à disposição, e eu sem nunca ter ido ao Festival de Almada. Foram precisas TRINTA E DUAS EDIÇÕES para a mia se estrear. E esta foi bastante especial, com motivos de sobra . A amizade deverá ser o maior deles. Equilibrando com o amor a esta arte - entenda-se - que desde há sete anos é coisa séria.
 O pessoal do Teatro é malta bem gira, e que bem me sabe sentir fazer parte. E tão bom que é perceber que o Festival consegue trazer tanta diversidade de público. É literalmente dos oito aos oitenta.
 Entre trinta e um espectáculos à disposição, consegui ver muito bons. Destaco quatro em particular, porque de facto me marcaram de tão bons que são: "Hamlet", "A menina Júlia", "Ballet Gulbenkian" e "Al Pantalone".
 Os melhores sinónimos que encontro para Teatro são: magia, veracidade e amor. Para mim. Em Lisboa, temos Teatro de sobra, é só escolher. O Teatro nacional está a crescer e cada vez é melhor.
 Nunca viajei muito - com alguma pena - por isso ter um Festival de Teatro que me traz o que se anda a fazer lá fora com esta bela arte é óptimo.

















quinta-feira, 30 de abril de 2015

Retorno à realidade

30.Abril.2015

 A vontade persistiu, a falta de tempo é que não me permitiu certa coerência na actualização. Retomo agora o tempo necessário que gosto de dar à escrita.
 Durante o último mês e meio, vivi uma experiência que garantidamente não me voltará a acontecer. As oportunidades surgem em tempo efémero e não se repetem.
 Estive rodeada de pessoas bonitas, num espaço bonito. Nunca é tarde para fazer amigos! Não tinha ainda tido a experiência profissional de trabalhar num grupo de teatro a sério - ou seja, fora de aulas.
 É uma realidade completamente diferente. Temos que estar a cem por centro no projecto. Muitas horas de trabalho, e poucas de descanso é a formula para a felicidade!
 Ter trabalhado na Cornucópia trouxe-me uma segurança pessoal que talvez, inconscientemente, andasse à procura. Agora que terminou, começo a conseguir distanciar-me e visualizar cada minuto - e foram muitos. A força apoderou-se mim, e foi essa mesma que me fez crescer. Hoje penso que me teria arrependido se não me tivesse proposto àquela audição, a 26 de Fevereiro. O tempo voa. As lembranças permanecem. Guardo. Lembrar-me-ei toda a vida esta minha experiência. O culminar resulta de um grupo de pessoas bonitas que levo e guardo comigo para sempre. Ter podido voltar a fazer aquilo que realmente gosto foi maravilhoso. É maravilhoso!
 Estar outra vez num palco e sentir o público a gostar e a divertir-se com o que está a ver, é a melhor sensação do mundo!
 Não existem palavras possíveis de agradecimento ao Luís Miguel Cintra e a toda a equipa Cornucópia pela experiência proporcionada e pela bagagem que me deram!
 Ao António, Sopas, Reixa, Rui, Anabela, Margarida e Lara um obrigada incondicional pela disponibilidade e vontade com que me receberam! Guardo-vos com amor, com todo o meu amor! Ter-vos conhecido e fazerem parte de mim - porque o fazem, vale a vida!
 Penso-vos diariamente, e desejo um próximo encontro em breve. Porque o será! Porque quero e preciso. Será estranho durante uns tempos, não nos vermos todos os dias, mas será amor quando nos juntarmos de novo para nos abraçarmos!


sexta-feira, 27 de março de 2015

Dia MUNDIAL DO TEATRO

27.Março.2015

 E chegámos a dia 27 de MARÇO - Dia MUNDIAL do TEATRO! 

 Pessoalmente o MELHOR dia do Ano! O Teatro está em nós desde o primeiro batimento cardíaco. Nascemos todos com a sensibilidade do actor - cabe-nos, no entanto, apurá-la! Ser actor é cada vez mais a profissão mais altruísta que existe, é aquela em que damos vida a diversas pessoas, mas nunca esperando alguma coisa em troca! Ler Teatro, Fazer Teatro são momentos que toda a gente deveria experimentar um dia - Teatro é VIDA! O gosto que sinto pela Arte em questão é indescritível! Não seria possível a Vida sem Teatro. Ensina-nos a construirmos o nosso Eu. Sou feliz por saber que existe um dia na minha vida em que o posso homenagear! Vão ao Teatro hoje e SEMPRE! Teatro ensina-nos a Viver, a Pensar, e o mais importante - a Ser FELIZ!

Para mim, dos melhores dias do ano, de grande prazer pessoal! Arte esta, que cada vez menos está envolvida no ser humano! Acreditem ou não, a felicidade de uma pessoa depende, entre outra coisas, da arte de representar. O teatro é o movimento artístico mais altruísta que existe, onde os actores se despem de si próprios para darem vida a novas pessoas e darem a conhecer aos espectadores essas mesmo!
 Não é artista quem quer. Podem pensar que sim. Ser artista requer um amor, uma disponibilidade pessoal, um altruísmo que nem toda a gente se prontifica a libertar. Não será por mal, não será egoísmo, mas de facto, nem toda a gente pode ser artista!
 O Teatro e o eu é uma relação - uma relação pressupõe uma entrega de ambas as partes, pois bem, o Teatro é isso mesmo, é uma entrega à arte.
 Seja profissional ou amador, FAÇAM TEATRO ! Com amigos, conhecidos, desconhecidos, FAÇAM TEATRO ! Não percam a oportunidade de irem HOJE ao Teatro, por todo o pais existem óptimas peças em cena! Vamos ver TEATRO, hoje e sempre!


 Acharão que nada faço da vida, mas luto diariamente para tentar alcançar o título de artista - talvez nunca o venha a ter, mas é, de facto, um objectivo por que luto. Não são precisos espectadores a todo o instante. Eu sei que luto, e para já, basta.
 O artista sente uma necessidade de criar, sentido igual necessidade em ver obras alheias à dele. Criar para si. Criar para o outro. O artista é um conjunto de pequenas observações ao longo da sua vida. Falo do artista comum, fazedor da arte - mas no entanto, darei ênfase ao actor - artista que melhor conheço. 
 O actor não é um ser comum. É um ser sensível à arte de representar. À arte de se dar ao outro. Sim: dar-se ao outro é uma arte! E nem todo o Ser se predispõe a dar-se!
 O Teatro predispõe as armas, e tu, o corpo. O Teatro e o actor são como uma relação amorosa. Uma relação carnal! Fazer Teatro é a relação de amor que melhor compreendo. E o amor não se deve compreender, mas viver! Pois bem, eu vivo o Teatro! Eu tento viver, pois é a maneira mais próxima do amor verdadeiro que tenho. E preciso. Eu preciso do Teatro para viver. É pelo Teatro que quero viver!
 Poder estar a fazer Teatro neste dia é dos maiores privilégios que a vida me deu!


terça-feira, 24 de março de 2015

A chegada da Primavera

23.Março.2015

 Ontem nem tempo tive de aqui vir, tal era o feliz cansaço que me pairava pelo corpo. Tive um dia tão bonito, e partilhei-o com pessoas de quem gosto muito!
 O tempo a meu favor.
 Ora, agora em ensaios, o tempo torna-se escasso, mas acho que ontem o consegui esticar um pouco. Festejei com um pequeno-almoço tardio, um almoço um pouco rápido demais, um maravilhoso ensaio, a rematar com um jantar em óptima companhia. No meio de tanta correria, ainda tempo houve para poder abraçar a minha Filipa! Que dia intenso.
 O dia até estava mais ou menos planeado, mas confesso que cheguei a pensar não ter tempo físico para chegar a todo o lado. Consegui!
 25 primaveras - acho que ainda me estou a habituar a este número que me acompanhará ao longo deste novo ano.
 Estou feliz. Estou feliz porque estou a fazer aquilo que mais gosto. Estou feliz porque o estou a fazer com pessoas maravilhosas.
 Que aprendizagem!
 É tão bom ter amigos tão bonitos! Ter amigos que vêm a Lisboa com o desejo de passar tempo de qualidade connosco. O grande Rui, em viagem, parou em Lisboa para jantarmos. Pude, finalmente conhecer a Ana - que adorei! Saí do ensaio, e fui ter com eles.
 Minutos antes disto, abracei a minha Filipa! Foi o encontro-foguete mais rápido que tive, mas foi tão bom como se tivesse um dia inteiro com ela. É magia Filipa, é magia.
 O dia começou cedo, com direito a pequeno-almoço prolongado com a minha Eli. Já não nos víamos há uns tempos e que melhor dia haveria para matar saudades?! Só este, pois então.
 Não vi todas as minhas pessoas que gostava, mas com as que tive fizeram-me o dia.
 O B R I G A D A!

sábado, 21 de março de 2015

Descanso em Tebas em dia de Poesia!

21.Março.2015

 Ontem foi dia de Teatro. Preciso. 'O bom filho a casa retorna'. A Guilherme Cossoul tem nova cara, mas o mesmo amor! E que bom foi voltar a estar com esta minha família, e conhecer novos membros. Sinto-me sempre tão bem nesta minha casa, e poder estar com as pessoas que realmente gosto sabe-me tão bem.
 "Teremos Sempre Tebas" - é uma peça cuja a história foi escrita a partir de um concurso literário. MARAVILHOSO, pois então. Trata a história de Édipo rei. Édipo já matou o seu pai e casou com a sua mãe. É uma tragédia posta em comédia. Uma hora e pouco a rir com as brilhantes interpretações dos meus queridos Miguel e Cláudio!

A ausência por estas bandas é sinónimo de FELICIDADE! Tanto aconteceu em tão pouco tempo que eu ainda estou a processar o que estou a viver. Chega agora altura de falar. De escrever. De partilhar. Há quase um mês - como o tempo voa - propus-me a uma transcendência pessoal. Digo transcendência, por nunca me tinha imaginado a fazer tal coisa. Mas em bom cliché: "só é impossível até acontecer"
 Há quinze dias que vivo no meu pequeno mundo. Que acredito em mim enquanto pessoa realizada. Voltei ao amor da minha vida - o Teatro. Trabalhar com o Luis Miguel Cintra está a ser uma experiência única e intransmissível. Gostava de conseguir transcrever aquilo que tenho sentido e aprendido ao longo dos dias, mas ainda não sou capaz.
 No dia 28 de Janeiro inconscientemente levantava a ponta daquele que seria o pano para o amor. Decido enviar uma "candidatura" para uma audição. Não tinha noção da dimensão. Não tenho ainda. Se terei, não sei.
 Quero aproveitar. Preciso absorver tudo quanto posso. A experiência por si é uma inspiração. Fazer uma audição é uma experiência pela qual confesso nunca ter pensado passar. Por muito que se possa idealizar, tu NUNCA sabes o que farás numa audição. Jamais esquecerei esta experiência que ainda agora começou. Anda tudo numa euforia em torno de mim. Ainda tento perceber o porquê.

 Hoje, em dia Mundial da Poesia, fui até ao CCB ouvir declamar grandes poemas por grandes pessoas minhas. Estive com pessoas de quem gosto muito. E ver essas minhas pessoas a fazerem o que gostam, é amor! No dia que recebemos a Primavera, sou feliz por ter estado com pessoas especiais e queridas para mim: ISA, SÍLVIO, ANABELA, LARA! Os meus queridos colegas, amigos e pessoas que admiro. Muito. Obrigada a todos <3





sexta-feira, 6 de março de 2015

Amor e Informação

06.Março.2015

  Ontem fui a um lançamento de um livro muito giro. FRANCISCO, com textos e imagens engraçadas. Da lista infindável de peças que quero ver, 'Amor e Informação' já (quase) tinha saltado. Mas felizmente ainda as há - as peças - que conseguem manter-se um longo período de tempo nas casas que as acolhem!
 Fui até ao Teatro Aberto. Não devia dizer isto, mas nunca tinha ido a este teatro. Talvez pela inacessibilidade.
 A peça tem uma dinâmica diferente das 'tradicionais'. São pequenos 'scatch', o os cenários são mudados em segundos, com a ajuda de pequenos blackouts. Cada scatch tem um título. Vemos mais de cem personagens em mais ou menos cinquenta peças. Ao todo, temos treze actores, que num momento estão todos em cena! Há uns scatch bem interessantes. E interpretações excelentes.
 Há uma semana atrás, tinha ganho um bilhete duplo.
 Tinha alguma curiosidade de ver esta peça e certos actores que nela participam, em cena. E claro, em conhecer o Teatro enquanto espaço.
 São duas horas bem passadas. Não existe o 'perigo' das cenas caírem no cansaço do espectador pela curta duração das mesmas.






quinta-feira, 5 de março de 2015

Lisboa Famosa Portuguesa e Milagrosa

03.Março.2015

 Uma semana sem ir ao Teatro. Sete longos dias. Custa um pouco, mas às vezes tem que ser!
 Iniciámos o melhor mês do ano! Pelo simples facto de pertencer ao Teatro! Lá chegaremos...
 A minha Filipa veio viver para Lisboa, e tínhamos que fazer uma recepção à altura. Teatro foi o serão de Terça-feira, pois claro!
 Encontrámos-nos no Rossio e fomos jantar a casa dela. Adoro ter a Filipa em Lisboa. Finalmente a minha partner de Teatro estava comigo! Agora aproveitamos o tempo o melhor possível!
 Queria MUITO ir à Cornucópia ver o meu querido Isac! A peça retrata cenas misturadas a partir de diferentes autos em que traçam um retrato de Lisboa de uma época quinhentista. Encontramos diversas cenas e muitos personagens diferentes. Um retrato para perceber como era o trabalho de cada profissão - as que existiam - na altura.
 Três horas de espectáculo, com um intervalo de 10mins muito bem passados! Cada cena tem tanta força que se torna impossível - embora extensa duração - um cansaço por parte do público. Claro que, para o caso, o elenco ajuda, e bastante! São realmente todos muito bons! É daquelas peças que via de novo! Quem sabe...
 Queridos leitores, ide ao Teatro! Com urgência.
 Obrigada Filipa! Obrigada Isac!
 Depois de uma maravilhosa noite, ontem foi dia de almoço na Mamie. Que bom! E só meninas. É o tempo todo a conversas e a rir! Como esteve um dia bonito, solarengo e quentinho, fomos dar uma voltinha.




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Paulo Pires

26.Fevereiro.2015

 Há, exactamente 47 anos atrás, nascia aquele que um dia seria o meu actor de eleição. Tão bom! Hoje, faz anos o Paulo. O grande Paulo Pires. Apesar de ter começado carreira na moda, foi a representação que o catapultou para o estrelato.
 Desde que me lembro de começar a perceber qualquer coisa de 'acting', que acompanho o trabalho do Paulo. Quando sei de algum projecto em que ele participe, começo a vê-lo por sua causa. Depois, entro no ritmo e acompanho a trama, claro!
 Onde o gosto mais de ver, é no palco. No Teatro. Embora não faça muito, fá-lo bem. E eu, tento sempre não perder a oportunidade.
 Os actores são seres como quaisquer outros. Têm a sua vida privada, e expõem-se ao essencial. Já tive a oportunidade de me cruzar com o Paulo 3 vezes. Bem, 4. A primeira de todas já foi há uns anos, e eu era demasiado nova e envergonhada para lhe ir falar. Foi num restaurante.
 O primeiro encontro foi em 2013, depois de ir ver uma peça com ele, enchi-me de coragem e lá fui pedir uma fotografia. Acho que tremia toda, mas não se sabe o dia de amanhã e perder essa oportunidade era estúpido da minha parte.
 O segundo foi um mês e pouco depois do primeiro, e por coincidência. Teve outro encanto. Passeava eu pela baixa com uma amiga, quando passámos pelo teatro onde ele estava em cena da altura.
 Quando encontro o Paulo na rua, penso sempre que tenho uma sorte imensa e vivo o momento como se fosse a última vez que acontece. Embora os actores sejam pessoas comuns, têm a sua vida e o seu percurso. Não sempre andam por aí a passear. Lá lhe fui falar, dois dedos de conversa e mais uma fotografia.
 Parece que a cada vez que o encontro, o momento sabe sempre melhor que o anterior. De facto, o último encontro deu-se à relativamente pouco tempo.
 Actualmente, o Paulo está com um trabalho em Teatro. O qual, obviamente, não poderia deixar de ir! No final da peça, fiz aquilo que todos os 'fãs' fazem. Esperar que o actor saia para poder 'eternizar' o momento. Mais uma fotografia. E, ao fim de quatro encontros, um belo autógrafo!
 Temos actores no nosso mercado muito bons. Óptimos. Mas, como parte da raça humana, temos preferências. O Paulo Pires é um grande actor. Gostava de ter mais oportunidades de o ver a fazer teatro!
 Acredito que, durante a vida, terei oportunidade de o encontrar mais vezes. Gosto de lhe falar. Gosto de lhe dizer o quanto gosto do seu trabalho. E que lhe estou sempre atenta!

Parabéns Paulo Pires!



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Óscars 2015

22.Janeiro.2015

 Há uns dias que não venho aqui. Até tenho tido uns dias diferentes, mas nada que sinta necessidade de partilhar. Tenho escrito. Mesmo de acesso condicionado, tenho escrito.
 Depois de ter visto a gala mais esperada do ano e pensado sobre o assunto, decido hoje vir partilhar convosco.
 Ora, este ano portei-me mal. Portei-me mal a diversos níveis, mas portei-me muito mal por não ter visto um único filme que esteve nomeado. Quis ver, muitos, e alguns em particular. Não tive oportunidade. Não escrevo completamente cega, porque até sei nomear os filmes, e sobre o que tratam. Mas não vi. Tenho pena. Se há coisa num mundo cinematográfico, que não existe no teatral - as pessoas têm um bocado a mania de juntar estas duas artes. Têm coisas em comum, mas são muito diferentes - é o facto de poder ver um filme over and over again. Podemos não o conseguir apanhar no período de exibição mundial, mas sabemos que mais tarde poderemos sempre vê-lo!
 É isso que farei. Com o meu tempo, vou ver os filmes que quero e poder sentir o que muitos já sentiram. O que os filmes nos dão e o que sabemos aproveitar deles!
 No entanto, apesar desta enorme falha, vi a gala dos Óscares.
 Para além de gostar do discurso de agradecimento do vencedor de cada categoria, há discursos que ficam e que marcam. Marcam por ser uma fusão de saber o que diz com por quem é dito. Hoje, e como não poderia deixar de ser, destaco o discurso 'IN MEMORIAM' pela grandiosa Meryl Streep. Se os óscares são importantes para destacar o excelente trabalho que existe a nível cinematográfico mundo fora, são igualmente importantes para homenagear os pioneiros e os grandes nomes que deixaram a sua marca nesta área artística.
Transcrevo, de seguida, o discurso da Meryl Streep. Não só por ter um amor incondicional ao trabalho desta Mulher, mas por também partilhar as suas sábias palavras.
 "No seu livro de memórias, Joan Didion disse o seguinte acerca da dor: 'Se nos falta uma certa pessoa, o mundo inteiro fica mais vazio.' Esta noite, ao reflectirmos na perda de tantas pessoas talentosas este ano, é difícil não sentir este vazio, pois no tempo que cá estiveram, preencheram imenso as nossas vidas. Seja qual for o papel que desempenharam no Cinema, os filmes em que participaram fizeram-nos rir, reflectir, chorar e ver a vida com outros olhos. Estimularam-nos e animaram-nos quando precisávamos. Desafiaram as nossas mentes e chocaram a nossa complacência. Com o seu trabalho, partilharam uma parte da sua alma. E sentiremos a falta deles com a mesma tristeza que sentimos a falta de um velho amigo. Mas o seu trabalho perdurará para nos recordar da sorte que tivemos por tê-los connosco por algum tempo. Nunca haverá outros como eles. Cada um deles."
 O único sentimento que consigo ver nas palavras desta Mulher é AMOR! Amor pelo que faz. Amor pelo que diz. Amor quando diz.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sílvia!

12.Fevereiro.2015

 Ontem foi dia de amor. E que amor. Acharão que comecei cedo demais, mas não pratico o amor uma vez por ano, e como já anteriormente o disse, não percebo que exista um dia específico para o celebrar. O mais recente projecto em que me meti está a ser um desafio enorme, e é um desafio pelo qual nunca tinha passado ou sequer pensar propor-me a ele.
 Na devida altura, poderei partilhar!
 Foi noite de Teatro. Com as minhas irmãs. É bom poder ter pessoas que, não forçosamente interessadas no que vão ver, te acompanham. No caso, estavam interessadas. Melhor!
 Mais uma vez, encontrávamos-nos as três M's.
 Fui a primeira a chegar, porque tinha que levantar os bilhetes. A peça, SÍLVIA! O meu maior interesse, o Paulo Pires!
 Esperei eu quarenta e quatro dias de ano novo para poder praticar, mais uma vez, a arte do reencontro!

"Sílvia" é uma comédia muito bem conseguida. E eu sei o quanto difícil é fazer uma boa comédia. Gonçalo (personagem interpretada pelo Paulo) decide um dia não ir trabalhar e vai dar um passeio ao parque. Nisto, encontra uma cadela abandonada, Sílvia, e leva-a para casa. Depressa criam laços, embora a mulher deste não ache grande piada.
 A história baseia-se no amor entre Gonçalo e Sílvia. Uma delícia.
 Tinha imensas saudades de ver o Paulo em cena. Que belo reencontro.
 No final da peça, não podia vir embora sem (mais) uma fotografia. A cara não lhe é desconhecida (YES), o nome pensou um bocado e chegou lá! NOSSSSSSA, FOI MARAVILHOSO.
 Desta vez, e ao terceiro encontro, não pude deixar escapar o autógrafo.
 Que posso eu mais querer...!
 Que noite valiosa.
 Obrigada Paulo Pires!










segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

PAI

09.Fevereiro.2015

 Hoje é dia do Pai. Do meu Pai. Faria 69 anos.
 Já não diambula pelas ruas, como diambulava. Já não toma cafés a fio como tomava. Já não fuma, como chaminé que era. Talvez estas duas últimas características que fossem as mais acentuadas.
 O ano da partida do Pai foi um ano de mudança. Para todos. e para cada um de nós!
 Todos os anos vivo esta data, ou tento vivê-la da melhor maneira possível, de sorriso na cara - porque era assim que o meu Pai gostaria.
 Tinha cabelo escuro, e um bigode simpático. Isto não se diz, mas com ele fazíamos tudo o que gostávamos.
 Passeávamos e vivíamos os fins-de-semana no campo. Não havia horas precisas, e tomávamos o pequeno-almoço na cama, a ver desenhos animados.
 Brincávamos sempre na rua, e com a mais pequena pedra, nos divertíamos. Corríamos e esfolávamos os joelhos. Eu principalmente.
 Um dia, o Pai comprou um computador. Na altura, o mais recente Mac, dos primórdios da Apple. O que nós gostávamos de mexer e fazer jogos nele. Acho que tínhamos o tempo contado. Estava sol na rua e o Pai não queria que passássemos o dia agarrados àquela máquina.
 À noite, víamos um programa brasileiro - 'Sai de Baixo' - de comédia, todos juntos!
 Um dia, o Pai partiu. Partiu numa longa viagem, e não mais voltou. Já não volta.
 Mas o bom da vida são estas memórias! Essas, jamais partem.
 Permanecem.
 PARABÉNS PAI, farias 69 anos.






domingo, 8 de fevereiro de 2015

Grão a Grão

07.Fevereiro.2015

 Ontem, fui ao Teatro.
 Já pouco me lembro do que é estar sete dias seguidos sem pisar uma casa onde se é criança, adulto, feliz, amado - tudo isto numa só noite!
 Desta vez, o destino foi Vale de Barris, para ver a mais recente produção do Bando.
 Ganhei bilhetes, e lá fomos nós até Palmela.
 Optámos por não ir lá jantar. Quando lá chegámos, fomos recebidos como se lá estivéssemos estado no dia anterior. É óptimo sentir isso.
 'Grão de Bico' - e se as há, peças com títulos abstractos, no caso desta, não poderia ser mais concreto. A peça trata a vida de um casal de grãos de bico, em que a mulher queria muito ter um filho para poder deixar os seus bens. E consegue!
 É uma delícia! E passa a voar.
 Há já algum tempo que não ia até ao Bando, e ontem foi óptimo voltar àquele espaço tão caloroso e familiar!
 E é desta fabulosa maneira que se vai compondo a agenda teatral.




sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sonoridade

05.Fevereiro.2015

 Fossem todas as semanas como esta, que os momentos menos bonitos da vida me passariam ao lado. Dar luz à criatividade de dia, ir ao Teatro à noite.
 Ontem, foi a vez de Meridional. Continuo sem perceber muito bem a razão pela qual certas peças estão tão pouco tempo em cena. Se as queremos realmente ver, temos de nos apressar!
 Eu quis!
 'O Som e a Fúria' - e porque queria eu tanto ver esta pela?! Pelo João, pois então.
 Vejamos esta peça como um mise en scène - onde existe uma necessidade de uma prévia explicação sobre a acção que irá decorrer. A peça inicia com uma breve leitura.
 A acção gira em torno da queda da família Compson, e é relatada por cada um dos irmãos, Benjy (Ruben Chama), Quentin (Filipe Araújo) e Jason (João Cabral) com a respectiva versão.
 O texto, dividido em quatro secções distintas, centra-se na ruína da família Compson que, num ambiente  de desintegração e constrangimento, luta para lidar com a dissolução da sua família e da sua reputação.
 Não existe diálogo, e a história  é contada directamente ao público. É uma abordagem diferente, mas igualmente interessante.
 Percebo que possa não entusiasmar os demais. Eu gostei!
 O cenário está interessante.

 Agora é tempo de criar. O tempo escasseia, e as ideias andam por aí soltas...




quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

PLAY !

04. Fevereiro.2015

 Ontem foi um dia em cheio. Almoço nos avós e Teatro com a minha Rita!
 Esta semana ainda não tinha estado com a Mamie. Faço questão de estar com ela uma vez, pelo menos, por semana! É-lhe simpático e a mim torna-me feliz! Passámos a tarde juntas!
 Penso, e tento já não passar uma semana sem ir ao Teatro - isto quando estão em cena peças que me interessem, claro está! Se não tentarmos fazer o que realmente gostamos, ninguém o vai fazer por nós!
 'PlayLoud' levou-me até ao Teatro da Comuna. A lista vai ficando mais curta. Que bem me sabe.
 A peça trata amores e desamores da juventude. O amor e a vida. Trata da relação humana ao encontro do amor.
 Conta com um elenco de excelência, razão maior pela qual decidi ir ver esta peça!
 Estes seres poderiam ser um grupo de música e a sua vida um ensaio intensivo.
 Basicamente, adorei a peça!
 No final desta, ainda pude estar com o meu Nandinho!
 São dias como este que me completam e deixam realmente feliz!
 Next stop: Meridional!








quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Tempo

28.Janeiro.2015

 Finalmente estamos a chegar ao fim do mês mais longo do ano, realmente demorou! A vida é feita de ciclos - e o que é bom, acaba. O que é mau também, nós é que não nos focamos nisso.
 Para primeiro mês do ano, não me portei mal quanto à minha maior resolução para 2015 - quatro idas ao Teatro! Perfaz uma média de uma por semana, fico realmente feliz!
 Ontem deu-se a última! 'Kilimanjaro' em Almada. Confesso ter chegado a pensar não conseguir apanhá-la - e teria realmente pena, pois se tal acontecesse, seria a segunda vez - mas lá consegui convencer a levarem-me ao Teatro Azul!
 A maior curiosidade era voltar a ver o Lima, e poder ver o João Tempera ao vivo. Fomos cedo, e jantámos no Teatro. A refeição em si não foi muito apreciada, mas o espaço é simpático.
 Só posso escrever sobre, depois de ver. E por vezes, não chego a tempo de todos os interessados conseguirem apanhar. Kilimanjaro termina a sua estada a 8 de Fevereiro. Ide ver!
 A história retrata a vida do autor - Ernest Hemingway. É uma revisão da sua vida, e por conseguinte, vê-mo-lo em várias fases - sendo actores diferentes - e os sítios por onde passoul. Kilimanjaro, pelo facto dele, no fim da sua vida, se refugiar na montanha a escrever as suas obras, bêbado.
 Eu sabia que não podia falhar a segunda vez!
 Mais uma.
 A peça acabou um pouco depois da hora prevista. Vir para Lisboa e esta manhã acordar cedinho que foi dia de consulta. Após quatro meses voltei a visitar o meu querido Sarafana - 'Ai as saudades!' - Ele não quer demonstrar, mas são mútuas.
 Tenho pena que assim se passe mas regra geral: Uma hora de espera para quinze minutos de consulta! Ora o ritual mantém-se: chegar - radiografia - consulta.
 Após sete meses de cirurgia, o osso consolidou por completo e o Dr deu-me alta! É a parte mais triste - eu percebo-me! Sugere que tire as placas daqui a um ano pelo facto de ser demasiado nova para ter titânio dentro da perna!
 A fisioterapia continuará por mais uns tempos pois faz bem a tudo!
 Ora, depois da bela consulta, foi também dia de ir almoçar aos avós! E hoje, juntou-se a mãe ao clã. Diferente, mas igualmente intenso! Acabei por passar a tarde com a Mamie. Gosto sempre, e faço-lhe companhia!
 Dias bonitos...




sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Pedaços

22.Janeiro.2015

 Nem a chuva nem a dor me impedem de ir onde for. Ando a esticar-me com o esforço acrescido que tenho dado à perna. Chega a hora de deitar, e que bem sabe descansar.
 Mais uma. Mia-bebe-amor. Ontem fui ao Teatro. Estou mesmo feliz por estar a conseguir ver e absorver tudo quanto posso e quero!
 Cada um com os seus vícios, não será?! Ora bem.
 S. Luiz - 'Na Solidão Dos Campos de Algodão' - Rita Blanco e Maria João Luis. São estas as palavras que me atravessam a alma desde que soube da existência desta peça. Duas grandes actrizes portuguesas, só podia sair melodia.
 Fui em família, Madalena e Marta. Três belas moçoilas a irem ao Teatro. Levei-as. Há que introduzir o bichinho, não é verdade?!
 Estas duas grandes actrizes a fazerem de homem. Um vendedor e um possível comprador. No início é uma procura, uma proposta, uma sedução empenhada em conseguir transmitir e receber, mas logo susrge a dúvida sobre a incomunicação e a crua desconfiança que uma sociedade multiracial impõe, transferindo este encontro para a inevitabilidade do homem contemporâneo enfrentar as frustrações para satisfazer as suas mais recônditas urgências.
 E com este mote vos deixo para que possam ir ver esta bela peça com estas duas brilhantes actrizes!
 Rendi-me. O Teatro felizmente está vivo. E preciso querer descobri-lo. Bebê-lo. Absorvê-lo.
 Que bela noite! Queríamos uma fotografia com a Rita, mas as nossas timidez e estupidez foram mais fortes e não conseguimos.
 Não me resta senão acompanhar-te aos domingos, grande Rita!









sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

P O C I L G A

15.Janeiro.2015

 Ir ao Teatro uma vez por semana, é óptimo. Ir duas, é o sonho! P O C I L G A chamou-me à Culturgest. Ele não sabe, mas a verdade é que a força maior vem mesmo do Albano.
 Não poderia, de todo, perder esta peça! A sua curta estadia deu-me o impulso necessário para ir ao encontro do bilhete dourado.
 Agora que é Inverno - finalmente podemos-nos "queixar" ser Inverno - é normal as chuvas torrenciais. Que bom ser Inverno! Que bom usar três camisolas de lã!
 Escrevo, e talvez possam constatar que nas minhas prosas predomine sempre o amor - não a palavra, mas a força dela!
 Debaixo de chuva, lá fui eu comprar mais um bilhete dourado!
 <Albano, vou-te ver! E não vou sozinha!>, pensei eu, encantada da vida! Melhor que uma rapariga apaixonada por esta que será a mais bonita das artes, são duas raparigas! Desafiei-a e fui com a minha Rita!
 Embora a peça esteja muito pouco tempo em cena, não me vou prolongar, pelo simples facto de que o que se vive dentro de uma sala de Teatro não é possível passar para palavras!
 Julian, personagem de Albano Jerónimo, um rebento da alta burguesia alemã comemora o seu vigésimo quinto aniversário. Com ele está a herdeira de outra grande família alemã, Ida. Ida tenta que Julian participe na marcha alemã, e os seus pais estão a favor, mas Julian não quer. Julian apaixona-se, mas nunca diz por quem. Julian está melhor agora e revela a Ida que a grande e inesperada fusão económica entre o pai e Herdhitze se baseou na troca de "uma história de porcos por uma história de judeus". -
 E por aqui me fico.
 Uma peça magnífica. Um elenco excepcional. Uma plateia composta. São os motes necessários para uma noite mágica. O espaço, numa só respiração, suspirava Teatro. E ainda vi a minha Júlia!
 A chuva? Essa esqueci rápido.









quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Rally Peças

14.Janeiro.2015

 Quatorze dias de novo ano. Foi o tempo que esperei para iniciar a volta ao mundo. Agora não posso mais parar!
 Que dia bonito o de ontem! A persistência leva à realização pessoal. O nível aumenta, mas o resultado é, cada vez mais, satisfatório! Já não acontecia há uns tempos, mas normal será. Em esforço acumulado, o o tornozelo ainda incha... que animação.
 Depois de uma, a primeira deste ano, sessão de fisioterapia, fui almoçar aos avós!
 Desafio sem (já) o ser: chegar sozinha!
 Entrar naquele que considero o menos agradável autocarro da carris para chegar à Mamie é sempre uma aventura!
 Fomos o Manuel e eu. A Mamie precisa de visitas, fica contente e traz-lhe também uma dinâmica diferente à semana! Passei lá a tarde. Uma ou outra fotografia, as habituais limpezas de caixa de mail, entre pedaladas, o tempo é cada vez mais curto!
 A começar a escrita de maneira poética, onde acabei eu o dia de ontem? no Teatro, pois claro!
 A vida é cada vez mais curta a cada dia que acordo, portanto parece-me sensato tentar fazer o que mais gosto o maior número de vezes que me será possível!

 "Cyrano de Bergerac" - que maravilha! Ó Diogo, Ó Cyrano, que poeta! Queria eu um Cyrano na minha vida, mas o Diogo já terá encontrado a 'Roxanne' da sua! Pudera... Cyrano é dotado de inúmeras qualidades, mas que por um incomum aspecto físico é motivo de frustração. Ora, certo dia Roxanne conhece Christian e apaixona-se por ele. Christian por muito bonito que seja, não consegue manter uma relação por ser demasiado tímido e pede ajuda a Cyrano, que escreve 'longas e belas' cartas de amor a Roxanne em nome de Christian.

 Deixo-vos o mote para que possam ir ver esta bela peça! Ide. Ide!

 Parecer-vos-á estanho. A mim também já me foi questionável. Não sei onde fui buscar este meu amor pelo Teatro, só sei que quando o encontrei, estudei-o, trabalhei-o e mais feliz sou por nos termos um ao outro, para sempre! «Muito piroso maria, muito piroso!» Será, mas é verdade!




segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Golden Globe Awards

11.Janeiro.2015

 O mundo não pára. Começámos o ano com tristes notícias no mundo do jornalismo, e por muito humanos e condescendentes que sejamos, a vida continua e não nos é permitido estagnar! A vida muda num ápice, portanto parece-me razoável que a aproveitemos ao máximo.
 Ainda no âmbito da informação, hoje escrevo sobre os 'Golden Globe Awards'. São este tipo de eventos que me fazem acreditar que este mundo ainda pode esconder algum brilho. Confesso que me agrada particularmente este mundo. Teatro, cinema e actores - é uma noite deles para eles! Hollywood - um sonho! Pena tenho que nem todos os eventos desta envergadura passem num canal aberto! Posso dar-me por feliz por poder acompanhar os Óscares.
 A gala mágica foi ontem à noite. Los Angeles parou para poder receber as estrelas do cinema!
 Pudera, cidade que transpira talento, magia e vida, seria de esperar!
 Ainda que a informação seja um direito, esta está mal 'distribuída'. Deve-se ao facto do 'peso' que os países têm no mundo, e de quem os governa, ora bem. Os nossos 'Globos de Ouro' nunca passarão em canal aberto em Hollywood, não que me choque, pois sei que vivemos numa hierarquia de escala global.
 Até certo ponto, não me importo que os Estados Unidos dominem a comunicação social. Se isto não acontece, muitos de nós talvez não teriam ídolos. Podemos nunca ter pensado nisto, mas não há português no mundo que não tenha um ídolo nos Estados Unidos - seja actor, cantor, realizador ou até modelo!
 Tenho a confessar que há séries que não acompanho ou nunca vi, mas regra geral conhecerei todos os actores nomeados. Independentemente dos vencedores, há filmes nomeados que ainda terei que ver, por gosto pessoal.

 Deixo abaixo a lista dos vencedores:

1. BEST MOTION PICTURE – DRAMABOYHOOD - IFC Productions and Detour Filmproduction; IFC Films

2. BEST PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A MOTION PICTURE – DRAMA - Julianne Moore in STILL ALICE 

3. BEST PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A MOTION PICTURE – DRAMA - Eddy Redmayne in THE THEORY OF EVERYTHING

4. BEST MOTION PICTURE – COMEDY OR MUSICAL - THE GRAND BUDAPEST HOTEL, American Empirical Picture; Fox Searchlight Pictures

5. BEST PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A MOTION PICTURE – COMEDY OR MUSICAL - Amy Adams in BIG EYES

6. BEST PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A MOTION PICTURE - COMEDY OR MUSICAL - Michael Keaton in BIRDMAN

7. BEST ANIMATED FEATURE FILM - HOW TO TRAIN YOUR DRAGON 2, DreamWorks Animation; Twentieth Century Fox

8. BEST FOREIGN LANGUAGE FILM - LEVIATHAN, (RUSSIA) (Левиафан)

9. BEST PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE IN A MOTION PICTURE - Patricia Arquette in BOYHOOD

10. BEST PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A SUPPORTING ROLE IN A MOTION PICTURE - J. K. Simmons in WHIPLASH

11. BEST DIRECTOR - MOTION PICTURE - Richard Linklater in BOYHOOD

12. BEST SCREENPLAY - MOTION PICTURE - Alejandro González in BIRDMAN

13. BEST ORIGINAL SCORE - MOTION PICTURE - Jóhann Jóhannsson in THE TEORY OF EVERYTHING

14. BEST ORIGINAL SONG - MOTION PICTURE“GLORY” — SELMA
Music by: John Legend, Common
Lyrics by: John Legend, Common

15. BEST TELEVISION SERIES - DRAMA - THE AFFAIR

16. BEST PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A TELEVISION SERIES - DRAMA - Ruth Wilson in THE AFFAIR

17. BEST PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A TELEVISION SERIES - DRAMA - Kevin Spacey in HOUSE OF CARDS

18. BEST TELEVISION SERIES - COMEDY OR MUSICAL - TRANSPARENT

19. BEST PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A TELEVISION SERIES - COMEDY OR MUSICAL - Gina Rodriguez in JANE THE VIRGIN

20. BEST PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A TELEVISION SERIES - COMEDY OR MUSICAL - Jeffrey Tambor in TRANSPARENT

21. BEST MINI-SERIES OR MOTION PICTURE MADE FOR TELEVISION - FARGO

22. BEST PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A MINI-SERIES OR MOTION PICTURE MADE FOR TELEVISION - Maggie Gyllenhall in THE HONORABLE WOMAN

23. BEST PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A MINI-SERIES OR MOTION PICTURE MADE FOR TELEVISION - Billy Bob Thornton in FARGO

24. BEST PERFORMANCE BY AN ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE IN A SERIES, MINI-SERIES OR MOTION PICTURE FOR TELEVISION - Joanne Froggatt in DOWNTOWN ABBEY

25. BEST PERFORMANCE BY AN ACTOR IN A SUPPORTING ROLE IN A SERIES, MINI-SERIES OR MOTION PICTURE MADE FOR TELEVISION - Matt Bomer in THE NORMAL HEART






domingo, 11 de janeiro de 2015

Babe M

10.Janeiro.2015

 Se nunca tive especial empatia pelo mês de Janeiro, há três anos atrás, isso mudou! Um mês longo e chato decidiu ganhar alguma cor. A minha babe M faz anos a 10 de Janeiro! Três anos. Há três anos nasceu aquela que vinha a ser a mais bela das amizades. Okay, que piroseira! Nessa altura, a minha vida até estava a ser bonita, mas garanto-me M que vieste enriquecê-la, intensamente! Foi amor à primeira vista! Ó se foi. Vi-te crescer, e acredita que cresceste imenso nestes três anos - aposto que nem tu esperavas fazê-lo, certo?!
 Batiam as 20h, quando nos abraçámos até faltar o ar. Passei o dia a desejar chegar a hora H. Queria mesmo estar contigo. Princesa que é princesa, leva horas a arranjar-se, e claro que ontem não foi excepção! Quando cheguei a casa da babe M, ía ainda a meio do processo! Mas a tua casa é a minha casa, e portanto claro que foi divertido - só faltou a Puca!
 Nossssssssssssa, pensar que estás sempre a par de tudo, e que me apoias é muito!
 Gosto de ti como irmã, gosto de ti como amiga, gosto de ti como mulher, gosto de ti como melhor amiga! Acho que já percebeste que gosto de ti como gosto de Teatro ou Nutella - Deve ser o meu top 3!
 Quero que estejamos juntas sempre, e para sempre! Vamos estar, eu sinto! Sou tão mais feliz ao saber ter-te comigo!
 Não jantava sushi há algum tempo, e você não desilude!
 Um dia disse-te, hoje repito: OUR LOVE IS FOR LIFE! (Na verdade, também disse outra bonita frase: 'AMO TODOS OS TEUS POROS') É fancy...
 Espero que tenhas sentido o dia realmente como teu, e feliz sou por saber que fiz parte dele e que faço parte de ti!
 És um bocadinho minha!

Love you babe M*