segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Last Call

29.Dezembro.2014

 Este deverá ser o último post de 2014. Estamos a fechar um ciclo, ciclo esse que não me foi querido! Aquela frase ilusória "Este ano é que vai ser!" não passa disso mesmo. Por muito que queiramos acreditar, não nos vale de muito projectar a longo prazo.
 Hoje tive um dia bonito. Um encontro marcado, e um em cima do joelho - inversamente vividos! A minha Susana ligou-me. Tão irresistível convite é impossível de recusar. Fomos tomar chá à Livraria Ler Devagar - é sempre uma boa solução!
 Conversa em dia, e o tempo voa.
 Há uns dias que já tinha combinado estar hoje com a Marta! O café com a Susana em nada prejudicou, só me fez mais feliz! Deu para estar com ela ainda em 2014 - que durante o ano foi, por vezes, difícil!
 Fui ter com a minha Marta a sua casa, que me recebeu lindamente, em modo chill! Lavar a cara e apanhar ar! A Puca teve direito a passeio e tudo!
 Conversas infinitas, com dramas à mistura - delicioso demais, ou não fossemos nós raparigas! Acho que chegámos a tomar dois cafés! Considerem "tomar café" a abordagem ideal para mudarmos de spot, ou simplesmente nos encontrarmos - como em já posts anteriores o disse.
 Dentro de pouco estaremos num ano novinho em folha, por estrear. Espero que este me traga sobretudo sabedoria e desafios - preferencialmente diferentes dos de 2014. Este não foi, garantidamente, o meu ano!  Tive momentos bonitos, e a vida é isso mesmo! Resta-me agora fazer a magia acontecer para que o ano que chega me seja mais quente. Talvez porque não o tivesse que ser - simplesmente não foi! Tentarei fazer de 2015, um ano mais bonito a nível pessoal. Quero e preciso. Quero desafios e sonhos, pois penso que os devamos ter sempre, mas diferentes e com outro tipo de exigência.
 Escrita em dia: check!
 Perna partida: check!

 A bucket list a reduzir...! Que por mais comprida que seja, deve ser limada.



quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Amigo Secreto

25.Dezembro.2014

 FELIZ NATAL!

 Ainda em festividades! Paro agora um pouco para partilhar o meu entender do que foi o meu Natal!
 As dinâmicas pouco mudam! Adoro o Natal. A magia, o espírito, o tempo, as músicas. É mesmo a minha altura favorita do ano!
 Não que isto aconteça, pois festejamos tudo ao mesmo tempo. TEMPO - é a palavra de ordem desta quadra e deste post. O Natal é o TEMPO que damos ao que gostamos  e com quem o queiramos partilhar!
 Existem mil festividades ao longo do ano, mas nenhuma, a meu ver, é mais gira ou especial que o Natal!
 É tempo de reflexão, uma vez que estamos a caminhar para o fim deste ano, e pensar num novo ciclo! Com novos desafios, sonhos e conquistas.

 A Tia Teresa fez anos ontem! Recebemos a família para lanche de festa. Como a mãe fez o jantar de consoada, passou quase o dia todo na cozinha. O tema de conversa imposto foi, mais uma vez, "o amigo secreto" - quanto mais em cima do acontecimento, mais curiosidade há! Apareceram os avós, os tios Tomás da Costa, a aniversariante e a sua filha! Os Costas recebiam o outro lado da família em sua casa. Passaram só dar um beijinho.
 Penso que a época natalícia é aquela em que mais se come! Seguiu-se o jantar de natal em casa do Tomás da Costa, que saíram mais cedo para acabar os preparativos.
 A mãe acabou de arrumar a cozinha, eu, a sala de jantar e lá fomos. Chegámos minutos antes de sentar à mesa.
 A noite propôs-se a recordações. O tio Miguel foi ao baú dos mil filmes da nossa infância - minha, dos meus irmãos e primos - e foi rir até perder o fôlego! Por mais vezes que veja aqueles filmes, nunca será cansativo.
 Deram as doze badaladas. Troca de presentes! Confesso não se ter passado como idealizei - também pelo facto de nem todos estarem presentes -, mas foi igualmente divertido e dinâmico! Dinâmica essa que começou a 24 e acabou hoje!
 NATAL! Esta noite mal dormi. Não que tenha exagerado nos doces, talvez tenha sido do "excitamento" da troca de presentes que faltava hoje.
 Ter-me-ei levantado pelas 10h. Momento de reflexão - descer - pequeno almoço. Sabia não precisar de comer muito, porque mais tarde estaria, de novo, numa mesa cheia. Duche.
 Sair. O almoço de natal também foi na tia Sofia. Estava a momentos de poder entregar o meu presente ao meu amigo secreto.
 Antes de qualquer reacção, deixo aqui a dinâmica do amigo secreto.

 «Dia 23 de Novembro, a Madalena chegou a casa com uma ideia original para este Natal. O AMIGO SECRETO. A ideia é cada membro da família oferecer um presente a outro. Sorteámos os nomes, para ver quem dava a quem. Calhou-me oferecer ao Tio Carlos. Fiquei radiante!
 Ora, se existe Tio de quem possa ter imenso que contar é o Tio Carlos. Deu-me a primeira grande aventura mágica. Uma viagem à Disneyland Paris. É um Tio divertido, e sempre na brincadeira.
 Durante a semana pensei em varias coisas. Queria oferecer-lhe um presente original! Confesso que mais complicado do que definir o presente, foi ter ideias para mimar o amigo. Tínhamos que, durante o mês de Dezembro, ir dando pistas discretas sem que o nosso amigo secreto percebesse quem éramos.
 Comecei logo a elaborar o presente. A ideia que tive, e que foi para a frente foi procurar em fotografias momentos meus e do Tio - momentos marcantes ao longo dos anos. Momentos que me possam ter marcado - marcaram certamente por ser mais nova, mas saber não lhe ser indiferente, ao Tio Carlos. Com as fotografia seleccionadas, imprimidas a papel, elaborei um cartaz. Primeiramente pensei oferecer-lhe o cartaz aberto, estilo quadro. Posteriormente, achei que seria melhor oferece-lhe estilo 'livro', ou seja dourado em dois. A ideia ficou ainda mais gira. Em conjunto com o cartaz, ofereci-lhe também um postal natalício feito por mim. Acho mais engraçado e pessoal - neste mote - oferecer algo 'home made' - penso que terá sempre mais valor!»

                                                       (PISTAS)
(Deixar aqui as pistas que fui fazendo ao longo do mês. Pensei em quatro. Uma por semana até ao Natal! A primeira foi entregue dia 3 de Dezembro.) Segunda pista entregue dia 11 de Dezembro. Embora o meu amigo secreto só as tenha recebido no dia seguinte, pois as pistas são dadas nas noites cerradas de quartas-feira. Tirando a segunda, que foi entregue na própria quarta-feira. Terceira, e última pista entregue dia 17 de Dezembro.












 Hoje pude, finalmente sentir a alegria do meu querido Tio Carlos. Partilhou com todos as pistas que teve, e confessou alguma dificuldade em resolver uma delas. QUE GIRO! Tive imenso prazer em ter feito este presente para o Tio!








 Penso que o Tio Carlos terá gostado! Pelo menos, pareceu-me.

 Foi um Natal com uma dinâmica diferente, mas que gostei muito de participar! Aqui deixo algumas fotografias destes dois dias.

 Feliz Natal 2014 para todos!























sábado, 20 de dezembro de 2014

De Sonhos feitos somos

19.Dezembro.2014

 Há dias atrás, partilhava que a ida ao Meridional fosse talvez a última vez, em 2014 que assistira a uma peça teatral. Felizmente, estava enganada!
 Ainda há dias pensava sobre sonhos, aliás, questionava-me sobre sonhos. Se são reais. Se nós somos reais. Se será o sonho, imaginação. E de repente, vejo-me a absorver um espectáculo onde todas estas questões são impostas.
 Faço-me perguntas diárias ore este tema. Acredito neles, acredito plenamente nos sonhos que tenho! Sonho acordada! Será o sonho, real?
 Ontem foi um dia bonito. Foi dia de Teatro. "A Vida É Sonho" levou-me à Comuna. Existem peças que me puxam pelo tema, também as há que me puxam pelos actores, por fim há as que são um 'combo' dos factores anteriores mencionados.
 Se existem peças que me puxam pelos actores admirados, aquelas que os têm meus conhecidos puxarão em dobro. Posso mesmo dizer que foi o Eduardo quem me levou à Comuna ontem à noite!
 Estamos em cima do Natal. Faz frio, e só nos sabe em estar em casa, com boa música. Pois é! Amor com amor se paga - não que goste desta frase em particular, mas para o sentido que quero, não arranjei melhor - ir ao Teatro deveria ser uma acção vital na vida do espectador, assim como é na vida do actor. Para mim, é! É o meu guilty pleasure! Digo-o em voz alta, afirmarei quantas vezes forem precisas! Irei ao Teatro o resto da Vida, porque faz e fará sempre parte de mim!
 Vivemos um sonho. A Vida é de facto um sonho, e não o digo enquanto adjectivo, mas sim definição.
 sonhemos então enquanto há Vida!
 Ainda hoje não sei quem sou. Começo a descobrir. Há coisas gosto. Há coisas que não gosto. Há coisas que tento mudar.
 A realidade ninguém a muda. Ninguém o pode fazer. O bom dos sonhos é poder imaginá-los como queremos e realizá-los com podemos.
 Sonho acordada. Ainda bem. A dormir pouco me lembro do que sonho. Pergunto-me até: se sonho!
 Sonho com momentos. Imagino momentos. Será o sonho imaginação? Não. A nossa mente consegue diferenciar o sonho da imaginação. Ainda que nenhum seja palpável, o sonho será possível de concretizar.

 Com pena minha, não pode haver registos fotográficos. Ide ver esta peça que fecha o seu ciclo este domingo!




quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Recordar é Viver

18.Dezembro.2014

  Ontem o dia foi de festa. O meu Álvaro fez anos! Pois é, sou tia de um rapaz que completou 10 anos. Parece que foi ontem que soube que vinha aí um presente da irmã mais velha!
 Parabéns Álvaro!
 Depois da sessão de fisioterapia, que foi a última, pelo menos antes do Natal e por isso mais elaborado, foi tempo de abrir o álbum das recordações!
 Em tempos fui encenadora. Que bem me sabe escrever e partilhar sobre aquela que foi, a melhor fase da minha vida. Eu sei que sou "jovem", e que talvez ainda tenha muito que viver, mas garanto que, até então, a melhor fase da minha vida já passou.
 Recuemos a Julho 2011. Tão longe, mas tão perto! Se há tema que poderá saturar neste blog, é Teatro. Para mim, nunca será demais.
 Bateu a nostalgia!
 Passei a tarde a pensar no amor da minha vida. Entre pensar que me chega a época mais bonita do ano, e no final deste, predomina sempre o Amor.
 Em Julho de 2011, e depois de três anos de intensa vivacidade, culminou a melhor etapa da minha vida. Culminou a curto prazo, porque este Amor nunca será o fim de nada. Quanto mais vejo, mais quero ver. Escrevo-vos sobre a PAP - Prova de Aptidão Profissional! É a grande prova do curso de Teatro - aquela em que partilhamos a nu tudo o que vivemos durante três anos. Podia escrever "aprendemos", mas escrevo vivemos, pois eu ia para as aulas com o prazer imenso de quem está a absorver o amor!
 Ora, para a PAP escolhi um monólogo de uma grande peça, "As Três Irmãs" de Tchékov. Por ser um monólogo, não convinha passar os trinta minutos de representação. Plateia cheia, e coração a mil. Sei que nunca esquecerei aquele momento. Estava a ser avaliada, mas melhor do que isso, estava a ser observada pelas pessoas que me acompanharam neste projecto e as que mais me ensinaram nesta vida.
 Pude participar em projectos muito especiais ao longo deste caminho, mas a PAP ser-me-á sempre mais especial pelo facto de ter sido um projecto erguido a 100% por mim!
 Para remate de dia, fui assistir a uma leitura encenada de Boris Vian na minha segunda casa. Parabéns Rosa!

















segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A Vida é a Arte do Encontro

15.Dezembro.2014

 Para muitos dos meus leitores, é de conhecimento geral a minha enorme admiração pelo actor Paulo Pires! Perguntavam vocês: "Então mas se ela escreve sobre o que mais gosta no blog, como ainda não tem destaque algum ao Paulo Pires?" - Cada sentimento a seu tempo meus queridos, cada sentimento a seu tempo! Há um momento certo para tudo, faço-o só hoje por me fazer sentido!
 Faz exactamente hoje um ano que tive oportunidade de me cruzar com o Paulo. Recuemos um pouco. Um mês e pouco antes - a 8 de Novembro - fui ver uma peça com ele, e no final, claro que lhe pedi uma fotografia. Mas este encontro foi muito mais interessante no âmbito da intensidade.
 Devo acompanhar o trabalho do Paulo Pires desde que me lembro de perceber de televisão. O Paulo, embora não tenha começado a sua carreira profissional nesta área, teve a oportunidade de experimentar a representação, e felizmente não a largou mais! Antes desta, era modelo! Não estamos mal!
 Devo ter visto todos os trabalhos dele, os que não na altura, posteriormente o fiz!
 A probabilidade de encontrarmos um actor/cantor/encenador na rua é de 50%. A verdade é que estas pessoas são como todos os restantes mortais comuns. A única diferença é entrarem-nos pela casa todas as noites, através do seu trabalho. Uma vez que o seu trabalho é exposto, a sua imagem também. Daí o reconhecimento por parte do público.
 A primeira vez que me lembro de o ter visto ao vivo foi num restaurante, na altura embora ainda demasiado pequena e envergonhada para lhe ir falar, sei que a admiração já era maior que eu! Até ao ano passado, apenas o poderia ver através da televisão. Sendo um dado adquirido, poderia sonhar com um hipotético encontro, mas muito longe de imaginar que de facto, um dia iria cruzar-me com ele! Se um encontro é bom, dois são óptimos.
 O ano passado, e voltando sempre a frisar o meu amor pelo Teatro - que nunca é demais, tive conhecimento de que o Paulo iria fazer uma peça no Teatro da Trindade. Não poderia perder por NADA!
 E assim foi, vi a peça TRÊS vezes. É loucura, mas é amor. Não direi três vezes, mas existem peças que não me importava de ver duas. No caso, consegui apanhar pequenos pormenores na segunda e terceira vez, que me escaparam da primeira.
 Fui à sessão seguinte à estreia. MARAVILHOSO. Poder ver o Paulo Pires a representar "em directo" para mim foi mágico. No final da peça, entre a ansiedade e o nervosismo, não podia perder a oportunidade de ter uma fotografia com ele. Assim fiz. Nessa noite mal devo ter dormido!
 O tempo foi passando - a vida continua. Sabia querer ver a peça novamente, mas mais que isso, gostaria de me cruzar de novo com o Paulo.
 Em meados de Dezembro, a minha Filipa veio a Lisboa, e como não podia deixar de ser, combinámos estar juntas! Deixo, de seguida, o registo desse dia. 15 de Dezembro de 2013 a não mais esquecer!

"Domingo, a minha Filipa veio a Lisboa. É sempre uma alegria visto não viver cá e eu adorá-la. Fui esperá-la ao Rossio. A nossa ideia era ir ao Teatro Rápido ver "Jantar de Família" - peça de um encenador/actor ddo meu agrado. O comboio atrasou. Decidimos ir viver o espírito natalício da Baixa Lisboeta e como também queríamos ir ver o espectáculo de luzes no arco da Praça do Comércio, optámos por não ir ao teatro. Quando finalizado o espectáculo de luzes, lembrámos-nos de que havia uma "feira de natal" no Largo da Trindade, decidimos ir até lá. Passeámos, falámos, rimos. Demos uma volta à feira e saímos. Ambas fazemos colecção de postais, e por isso fomos na direcção do Teatro para os ir buscar. Chegamos à parte de trás do Teatro da Trindade, e não qual o nosso bom timming que chegamos à hora do final da peça, ou seja, os actores a saírem! A peça é "A Noite", e tem, entre grandes nomes do teatro português, o Paulo Pires, que falava com amigos quando passámos. Eu paro e digo à Filipa:

Mary: "Filipa, eu não aguento passar por este HOMEM e não fazer nada!"
Filipa: "Mas eu não sei se tenho coragem!"
Volto atrás e vou falar com ele.
Mary: "Boa noite! Importa-se de tirar uma fotografia connosco?"
Paulo Pires: "Olá! Claro que não! Espera lá, eu já tirei uma fotografia contigo, não já?"
Mary: "Já!"
(Fiquei em êxtase pelo facto dele se lembrar de mim!)
(Tiramos)
Paulo Pires: "Vieram ver a peça?"
Mary: "Hoje não, mas já vi!"
O Paulo começa a perguntar o que achei e começamos a falar já numa coisa mais fluída, inclusive a trocar experiências profissionais. No fim, despedimos-nos e ele pergunta-nos o NOME.
Paulo Pires: "Adeus Maria!, Adeus Filipa!"
Chegámos à porta do Teatro, estava fechado. Não conseguimos os postais, mas a tarde VALEU ! Só tenho pena de não ter pedido o autógrafo, mas com a boa conversa, escapou.
Obrigada minha FILIPA"
 Sei nunca mais esquecer este dia na minha vida. Cheguei a casa nessa noite, parecia eléctrica. Devo ter vindo o caminho todo no eléctrico com um sorriso estúpido, mas que valeu mais que a pena! Embora curta que ainda seja a minha vida, mas ao mesmo tempo já ter passado tantos desafios, espero um dia voltar a cruzar-me com o Paulo Pires!


 Entretanto soube, há umas semanas, que o Paulo estará de novo a fazer uma peça, e que estreia em Janeiro de 2015. Acho que não poderia pedir nada melhor para começar o novo ano em bom!












sábado, 13 de dezembro de 2014

Luz

13.Dezembro.2014

 Sei que terei um fim-de-semana bonito, se à partida, irei ao Teatro. Ora, este fim-de-semana começou da melhor maneira. Depois de uma noite de Sexta-feira mágica, hoje fui a um sítio bem giro - peço desculpa aos demais, mas desta vez não haverá registos fotográficos.
 O espaço é um café de um amigo da mãe, onde a própria já me queria levar há uns tempos. O espaço chama-se 'A Luz Ideal' - serve pequenos-almoços, brunch's e almoços. Fica na Rua General Schiappa Monteiro, 2A e aconselho visita ao espaço, pequeno mas muito acolhedor.
 De volta a casa, para almoço tardio. Assim como tenho dito dores do tempo, de vez em quanto tenho dores de cabeça. Frio com dores é uma combinação pouco ou nada agradável.
 Há uns tempos que não via a Susana. Hoje ligou-me. Já lá vão seis anos de amor. Adoro encontros em cima do joelho. O "temos que nos ver!" ou "depois combinamos" não existe na prática. É adiar o que não acontecerá, nunca. Fomos lanchar.
 Damos nomes às coisas, por mais estúpido que possa parecer. Ninguém diz: "vamos falar", ou apenas "vamos pôr a conversa em dia!" - para bom português, tem que incluir sempre uma refeição ao encontro. Fomos "lanchar".
 Entre frio e chuviscos, decidimos ir ao LxFactory - é sempre uma boa solução. No caso, óptima - a Susana não conhecia o espaço, e confesso que gosto sempre de levar as minhas pessoas a lugares de que gosto. Cházinho e boa conversa na Livraria Ler Devagar! Quando assim é, o tempo voa, sempre!
 Onze dias para o Natal...

Bilhete Dourado

12.Dezembro.2014

 Ontem foi dia de almoço na Mamie. Para variar, desta vez fui almoçar à Mamie com a Madalena - tem a sua dinâmica. Mais uma experiência - e que experiência - em transportes públicos. Deste em particular, não tinha saudades. O tema imposto deste almoço foi a dinâmica natalícia que estamos a viver. Não queiram viver tudo de uma vez. Contarei posteriormente.
 Há uns dias atrás tinha combinado estar com a Rita. Ora, depois de acordarmos o dia, quase desmarquei devido à ida ao Teatro - felizmente, não se complicou. Um antigo professor nosso iria passar um filme na Cinemateca, "O Tempo Melhorado", queríamos ir ver o filme - que percebemos que não daria tempo devido à minha ida ao Teatro, mas sobretudo queríamos matar saudades daquele que foi talvez, o nosso melhor professor.
 Sem sucesso, o João Dias gosta de viver no limbo e posto isso, duas horas antes da apresentação oficial, acabava de montar o seu filme!
 Como tinha o tempo contado, viemos embora. Deixei a Rita no barco e rumei até junto da mãe - mãe e filha ao Teatro, que bom!
 Nunca digam "desta água, não mais beberei!" - encontrava-me mais uma vez na Ordem dos Arquitectos. É possível, mas tirar a mãe do trabalho é complicado. Lá saímos.
 Rumo: Teatro Meridional. Meta: Al Pantalone!
 Ora, a peça era às 21h30. Sem carro, por jantar e com bilhetes por levantar, não sabíamos o tempo que levaríamos até ao Poço do Bispo, portanto fomos andando.
 Claro que chegámos (muito) mais cedo que o suposto, por isso fomos jantar a uma tasquinha, um belo peixinho.
 Nunca tinha ido ao Teatro Meridional - uma grande falha pessoal, reconheço. A mãe já, por isso sabia exactamente onde ficava. Acabámos de jantar e seguimos.
 Tínhamos bilhetes para levantar. Além de ser apaixonada por Teatro, encanta-me o espaço físico. A casa enquanto Teatro Meridional é bastante simpático, e embora um pouco fora do centro, acolhedor.
 É possível, embora ainda tente, que não vá mais ao Teatro em 2014. Se assim for, estou bastante feliz com a minha "despedida" temporária.
 Indo ao que verdadeiramente interessa: "Al Pantalone", de Botequilha. Quando ouço ou leio boas críticas em relação a uma peça, a vontade de a ir ver passa a dobro. Assim foi e não desiludiu. Sala, Cenário, música, actores, interpretações, tudo nota 20. Suspeita serei, mas sei distinguir quando vejo uma peça que não me agrada. Expectativas (mais que) superadas. Al Pantalone é daqueles raros, mas bons casos de reposição. Embora efêmero, é bom saber que temos "a last chance".
 Entendamos Al Pantalone um pouco como "O Avarento" na medida em que, quanto mais tem, mais quer! Uma peça com tema da actualidade.
 Esta efemeridade está a acabar! Ide ver enquanto é tempo!
 Ainda que com dores do tempo, digo de sorriso na cara que tive um dia maravilhoso.