segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A Vida é a Arte do Encontro

15.Dezembro.2014

 Para muitos dos meus leitores, é de conhecimento geral a minha enorme admiração pelo actor Paulo Pires! Perguntavam vocês: "Então mas se ela escreve sobre o que mais gosta no blog, como ainda não tem destaque algum ao Paulo Pires?" - Cada sentimento a seu tempo meus queridos, cada sentimento a seu tempo! Há um momento certo para tudo, faço-o só hoje por me fazer sentido!
 Faz exactamente hoje um ano que tive oportunidade de me cruzar com o Paulo. Recuemos um pouco. Um mês e pouco antes - a 8 de Novembro - fui ver uma peça com ele, e no final, claro que lhe pedi uma fotografia. Mas este encontro foi muito mais interessante no âmbito da intensidade.
 Devo acompanhar o trabalho do Paulo Pires desde que me lembro de perceber de televisão. O Paulo, embora não tenha começado a sua carreira profissional nesta área, teve a oportunidade de experimentar a representação, e felizmente não a largou mais! Antes desta, era modelo! Não estamos mal!
 Devo ter visto todos os trabalhos dele, os que não na altura, posteriormente o fiz!
 A probabilidade de encontrarmos um actor/cantor/encenador na rua é de 50%. A verdade é que estas pessoas são como todos os restantes mortais comuns. A única diferença é entrarem-nos pela casa todas as noites, através do seu trabalho. Uma vez que o seu trabalho é exposto, a sua imagem também. Daí o reconhecimento por parte do público.
 A primeira vez que me lembro de o ter visto ao vivo foi num restaurante, na altura embora ainda demasiado pequena e envergonhada para lhe ir falar, sei que a admiração já era maior que eu! Até ao ano passado, apenas o poderia ver através da televisão. Sendo um dado adquirido, poderia sonhar com um hipotético encontro, mas muito longe de imaginar que de facto, um dia iria cruzar-me com ele! Se um encontro é bom, dois são óptimos.
 O ano passado, e voltando sempre a frisar o meu amor pelo Teatro - que nunca é demais, tive conhecimento de que o Paulo iria fazer uma peça no Teatro da Trindade. Não poderia perder por NADA!
 E assim foi, vi a peça TRÊS vezes. É loucura, mas é amor. Não direi três vezes, mas existem peças que não me importava de ver duas. No caso, consegui apanhar pequenos pormenores na segunda e terceira vez, que me escaparam da primeira.
 Fui à sessão seguinte à estreia. MARAVILHOSO. Poder ver o Paulo Pires a representar "em directo" para mim foi mágico. No final da peça, entre a ansiedade e o nervosismo, não podia perder a oportunidade de ter uma fotografia com ele. Assim fiz. Nessa noite mal devo ter dormido!
 O tempo foi passando - a vida continua. Sabia querer ver a peça novamente, mas mais que isso, gostaria de me cruzar de novo com o Paulo.
 Em meados de Dezembro, a minha Filipa veio a Lisboa, e como não podia deixar de ser, combinámos estar juntas! Deixo, de seguida, o registo desse dia. 15 de Dezembro de 2013 a não mais esquecer!

"Domingo, a minha Filipa veio a Lisboa. É sempre uma alegria visto não viver cá e eu adorá-la. Fui esperá-la ao Rossio. A nossa ideia era ir ao Teatro Rápido ver "Jantar de Família" - peça de um encenador/actor ddo meu agrado. O comboio atrasou. Decidimos ir viver o espírito natalício da Baixa Lisboeta e como também queríamos ir ver o espectáculo de luzes no arco da Praça do Comércio, optámos por não ir ao teatro. Quando finalizado o espectáculo de luzes, lembrámos-nos de que havia uma "feira de natal" no Largo da Trindade, decidimos ir até lá. Passeámos, falámos, rimos. Demos uma volta à feira e saímos. Ambas fazemos colecção de postais, e por isso fomos na direcção do Teatro para os ir buscar. Chegamos à parte de trás do Teatro da Trindade, e não qual o nosso bom timming que chegamos à hora do final da peça, ou seja, os actores a saírem! A peça é "A Noite", e tem, entre grandes nomes do teatro português, o Paulo Pires, que falava com amigos quando passámos. Eu paro e digo à Filipa:

Mary: "Filipa, eu não aguento passar por este HOMEM e não fazer nada!"
Filipa: "Mas eu não sei se tenho coragem!"
Volto atrás e vou falar com ele.
Mary: "Boa noite! Importa-se de tirar uma fotografia connosco?"
Paulo Pires: "Olá! Claro que não! Espera lá, eu já tirei uma fotografia contigo, não já?"
Mary: "Já!"
(Fiquei em êxtase pelo facto dele se lembrar de mim!)
(Tiramos)
Paulo Pires: "Vieram ver a peça?"
Mary: "Hoje não, mas já vi!"
O Paulo começa a perguntar o que achei e começamos a falar já numa coisa mais fluída, inclusive a trocar experiências profissionais. No fim, despedimos-nos e ele pergunta-nos o NOME.
Paulo Pires: "Adeus Maria!, Adeus Filipa!"
Chegámos à porta do Teatro, estava fechado. Não conseguimos os postais, mas a tarde VALEU ! Só tenho pena de não ter pedido o autógrafo, mas com a boa conversa, escapou.
Obrigada minha FILIPA"
 Sei nunca mais esquecer este dia na minha vida. Cheguei a casa nessa noite, parecia eléctrica. Devo ter vindo o caminho todo no eléctrico com um sorriso estúpido, mas que valeu mais que a pena! Embora curta que ainda seja a minha vida, mas ao mesmo tempo já ter passado tantos desafios, espero um dia voltar a cruzar-me com o Paulo Pires!


 Entretanto soube, há umas semanas, que o Paulo estará de novo a fazer uma peça, e que estreia em Janeiro de 2015. Acho que não poderia pedir nada melhor para começar o novo ano em bom!












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