segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Cornucópia

17.Outubro.2015

 Entre aulas, estudo e trabalhos para fazer, ironicamente pouco tempo me resta para escrever. De repente, o ritmo da vida mudou. A rotina mudou. A própria vida mudou.
 Este fim-de-semana lá fui eu àquela já minha bonita casa. A Cornucópia. Para assistir a uma conversa sobre a mais recente produção da própria. O Hamlet!
 Recuemos agora um pouco no tempo, onde a casa se me dá a conhecer.
 Pasolini. Nunca pensei que este nome me traria pessoas tão bonitas e de uma sensibilidade extrema.
 Estudei Teatro já lá vão uns anos. O gosto, esse terá nascido comigo. A minha relação com o Teatro não consigo explicar por palavras, mas sei que, como eu, muitas pessoas, hoje amigos, sentem o mesmo.
 Quando fui ver "Pílades" ao D. Maria, apaixonei-me. Apaixonei-me pela história. Apaixonei-me pelas personagens. Apaixonei-me pela Companhia. Mas sobretudo, pelos actores.
 Que isto acontecesse, nunca pensei como impossibilidade. Agora, que um dia mais tarde, pudesse conhecer e fazer parte desta família, isso nunca me teria passado pela cabeça!
 Desde então, tentei sempre seguir o passos dessas pessoas que me fazem querer brilhar a seu lado. Isac, Sílvio, Guilherme, João, Rita, Bernardo, e sobretudo, Luís Miguel!
 Sábado, e desde então a digerir, recebo a notícia de que o Luís Miguel se irá retirar das tábuas fundadas aquando findar o último espectáculo de Hamlet em Almada.
 Não vai para a reforma, que é na Cornucópia que ele está bem. Doravante apenas encenará. O brilho, esse só mudou de lado.
 O Luís Miguel não é Homem de estar em casa a ver televisão. Continuará a encenar e a dirigir actores como tão bem sabe!
 Aprendi e CRESCI com o Luís Miguel!
 O seu legado, esse está muito bem guardado com a família que construiu na Cornucópia. Saber que existe um Ser que o Luís Miguel vê como se fosse o próprio em jovem, é um privilégio. Conhecer esse Ser é O privilégio.
 Guilherme, e agora falo-te directamente. A primeira vez que te vi em cena (e talvez já terá sido tarde, devido à história de peso que a Cornucópia tem), foi no "Pílades". E não me perguntes porquê, mas de facto não consegui tirar os olhos de ti. Nunca. E pensava em como gostava de te conhecer. Entretanto, e sem explicação possível, aconteceu.
 Desde então que tento não perder um espectáculo teu!
 Falando do / no presente. Ninguém o diz, mas todos o pensam. Tens em mãos a maior preciosidade da vida. Saberás! O amor que te foi depositado. E o amor que depositas, comove-me! E quero que saibas que é uma honra e um prazer conhecer-te. Saber que viste uma peça comigo em cena. WOOOW. Nunca acreditei ser possível. Obrigada. Sou uma privilegiada por te conhecer e poder acompanhar o teu trabalho.
 Só tenho a agradecer a esta Casa por me ter recebido tão bem!