Fossem todas as semanas como esta, que os momentos menos bonitos da vida me passariam ao lado. Dar luz à criatividade de dia, ir ao Teatro à noite.
Ontem, foi a vez de Meridional. Continuo sem perceber muito bem a razão pela qual certas peças estão tão pouco tempo em cena. Se as queremos realmente ver, temos de nos apressar!
Eu quis!
'O Som e a Fúria' - e porque queria eu tanto ver esta pela?! Pelo João, pois então.
Vejamos esta peça como um mise en scène - onde existe uma necessidade de uma prévia explicação sobre a acção que irá decorrer. A peça inicia com uma breve leitura.
A acção gira em torno da queda da família Compson, e é relatada por cada um dos irmãos, Benjy (Ruben Chama), Quentin (Filipe Araújo) e Jason (João Cabral) com a respectiva versão.
O texto, dividido em quatro secções distintas, centra-se na ruína da família Compson que, num ambiente de desintegração e constrangimento, luta para lidar com a dissolução da sua família e da sua reputação.
Não existe diálogo, e a história é contada directamente ao público. É uma abordagem diferente, mas igualmente interessante.
Percebo que possa não entusiasmar os demais. Eu gostei!
O cenário está interessante.
Agora é tempo de criar. O tempo escasseia, e as ideias andam por aí soltas...
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