Hoje é dia do Pai. Do meu Pai. Faria 69 anos.
Já não diambula pelas ruas, como diambulava. Já não toma cafés a fio como tomava. Já não fuma, como chaminé que era. Talvez estas duas últimas características que fossem as mais acentuadas.
O ano da partida do Pai foi um ano de mudança. Para todos. e para cada um de nós!
Todos os anos vivo esta data, ou tento vivê-la da melhor maneira possível, de sorriso na cara - porque era assim que o meu Pai gostaria.
Tinha cabelo escuro, e um bigode simpático. Isto não se diz, mas com ele fazíamos tudo o que gostávamos.
Passeávamos e vivíamos os fins-de-semana no campo. Não havia horas precisas, e tomávamos o pequeno-almoço na cama, a ver desenhos animados.
Brincávamos sempre na rua, e com a mais pequena pedra, nos divertíamos. Corríamos e esfolávamos os joelhos. Eu principalmente.
Um dia, o Pai comprou um computador. Na altura, o mais recente Mac, dos primórdios da Apple. O que nós gostávamos de mexer e fazer jogos nele. Acho que tínhamos o tempo contado. Estava sol na rua e o Pai não queria que passássemos o dia agarrados àquela máquina.
À noite, víamos um programa brasileiro - 'Sai de Baixo' - de comédia, todos juntos!
Um dia, o Pai partiu. Partiu numa longa viagem, e não mais voltou. Já não volta.
Mas o bom da vida são estas memórias! Essas, jamais partem.
Permanecem.
PARABÉNS PAI, farias 69 anos.
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