quarta-feira, 22 de julho de 2015

FESTIVAL DE ALMADA

4 a 18. Julho.2015

 Hoje falo-vos da 32ª Edição do Festival de Almada. Depois de um longo - espero que o maior - período sem aqui vir, sinto a necessidade de escrever e partilhar.
 Confesso ter tido momentos em que a vontade era maior que a inspiração, e é por essa mesma razão que não escrevi. Este meu espaço é um lugar sagrado para mim. Embora o partilhe convosco, sei que posso escrever tudo quanto me apeteça.
 Ora, e haverá melhor tema para a reaproximação a esta necessidade?! Claro que não.
 Às vezes penso que os sinais da vida estão só à espera de serem vistos. Não havia melhor pessoa para partilhar esta experiência que o António. Ou talvez houvesse, mas eu não queria.
 Todo o Festival foi uma aventura, a começar pelo facto de acontecer na outra margem do rio. Quando a rotina entra no corpo, passa tudo a automático. Durante quinze dias, lá ia (quase) diariamente até Cacilhas. Nunca andei tanto tempo seguido de barco, e apercebi-me que é o mais giro dos "transportes públicos". Ter que atravessar o rio todos os dias enche-nos os pulmões de ar puro.
 Com todas as armas à disposição, e eu sem nunca ter ido ao Festival de Almada. Foram precisas TRINTA E DUAS EDIÇÕES para a mia se estrear. E esta foi bastante especial, com motivos de sobra . A amizade deverá ser o maior deles. Equilibrando com o amor a esta arte - entenda-se - que desde há sete anos é coisa séria.
 O pessoal do Teatro é malta bem gira, e que bem me sabe sentir fazer parte. E tão bom que é perceber que o Festival consegue trazer tanta diversidade de público. É literalmente dos oito aos oitenta.
 Entre trinta e um espectáculos à disposição, consegui ver muito bons. Destaco quatro em particular, porque de facto me marcaram de tão bons que são: "Hamlet", "A menina Júlia", "Ballet Gulbenkian" e "Al Pantalone".
 Os melhores sinónimos que encontro para Teatro são: magia, veracidade e amor. Para mim. Em Lisboa, temos Teatro de sobra, é só escolher. O Teatro nacional está a crescer e cada vez é melhor.
 Nunca viajei muito - com alguma pena - por isso ter um Festival de Teatro que me traz o que se anda a fazer lá fora com esta bela arte é óptimo.

















quinta-feira, 30 de abril de 2015

Retorno à realidade

30.Abril.2015

 A vontade persistiu, a falta de tempo é que não me permitiu certa coerência na actualização. Retomo agora o tempo necessário que gosto de dar à escrita.
 Durante o último mês e meio, vivi uma experiência que garantidamente não me voltará a acontecer. As oportunidades surgem em tempo efémero e não se repetem.
 Estive rodeada de pessoas bonitas, num espaço bonito. Nunca é tarde para fazer amigos! Não tinha ainda tido a experiência profissional de trabalhar num grupo de teatro a sério - ou seja, fora de aulas.
 É uma realidade completamente diferente. Temos que estar a cem por centro no projecto. Muitas horas de trabalho, e poucas de descanso é a formula para a felicidade!
 Ter trabalhado na Cornucópia trouxe-me uma segurança pessoal que talvez, inconscientemente, andasse à procura. Agora que terminou, começo a conseguir distanciar-me e visualizar cada minuto - e foram muitos. A força apoderou-se mim, e foi essa mesma que me fez crescer. Hoje penso que me teria arrependido se não me tivesse proposto àquela audição, a 26 de Fevereiro. O tempo voa. As lembranças permanecem. Guardo. Lembrar-me-ei toda a vida esta minha experiência. O culminar resulta de um grupo de pessoas bonitas que levo e guardo comigo para sempre. Ter podido voltar a fazer aquilo que realmente gosto foi maravilhoso. É maravilhoso!
 Estar outra vez num palco e sentir o público a gostar e a divertir-se com o que está a ver, é a melhor sensação do mundo!
 Não existem palavras possíveis de agradecimento ao Luís Miguel Cintra e a toda a equipa Cornucópia pela experiência proporcionada e pela bagagem que me deram!
 Ao António, Sopas, Reixa, Rui, Anabela, Margarida e Lara um obrigada incondicional pela disponibilidade e vontade com que me receberam! Guardo-vos com amor, com todo o meu amor! Ter-vos conhecido e fazerem parte de mim - porque o fazem, vale a vida!
 Penso-vos diariamente, e desejo um próximo encontro em breve. Porque o será! Porque quero e preciso. Será estranho durante uns tempos, não nos vermos todos os dias, mas será amor quando nos juntarmos de novo para nos abraçarmos!


sexta-feira, 27 de março de 2015

Dia MUNDIAL DO TEATRO

27.Março.2015

 E chegámos a dia 27 de MARÇO - Dia MUNDIAL do TEATRO! 

 Pessoalmente o MELHOR dia do Ano! O Teatro está em nós desde o primeiro batimento cardíaco. Nascemos todos com a sensibilidade do actor - cabe-nos, no entanto, apurá-la! Ser actor é cada vez mais a profissão mais altruísta que existe, é aquela em que damos vida a diversas pessoas, mas nunca esperando alguma coisa em troca! Ler Teatro, Fazer Teatro são momentos que toda a gente deveria experimentar um dia - Teatro é VIDA! O gosto que sinto pela Arte em questão é indescritível! Não seria possível a Vida sem Teatro. Ensina-nos a construirmos o nosso Eu. Sou feliz por saber que existe um dia na minha vida em que o posso homenagear! Vão ao Teatro hoje e SEMPRE! Teatro ensina-nos a Viver, a Pensar, e o mais importante - a Ser FELIZ!

Para mim, dos melhores dias do ano, de grande prazer pessoal! Arte esta, que cada vez menos está envolvida no ser humano! Acreditem ou não, a felicidade de uma pessoa depende, entre outra coisas, da arte de representar. O teatro é o movimento artístico mais altruísta que existe, onde os actores se despem de si próprios para darem vida a novas pessoas e darem a conhecer aos espectadores essas mesmo!
 Não é artista quem quer. Podem pensar que sim. Ser artista requer um amor, uma disponibilidade pessoal, um altruísmo que nem toda a gente se prontifica a libertar. Não será por mal, não será egoísmo, mas de facto, nem toda a gente pode ser artista!
 O Teatro e o eu é uma relação - uma relação pressupõe uma entrega de ambas as partes, pois bem, o Teatro é isso mesmo, é uma entrega à arte.
 Seja profissional ou amador, FAÇAM TEATRO ! Com amigos, conhecidos, desconhecidos, FAÇAM TEATRO ! Não percam a oportunidade de irem HOJE ao Teatro, por todo o pais existem óptimas peças em cena! Vamos ver TEATRO, hoje e sempre!


 Acharão que nada faço da vida, mas luto diariamente para tentar alcançar o título de artista - talvez nunca o venha a ter, mas é, de facto, um objectivo por que luto. Não são precisos espectadores a todo o instante. Eu sei que luto, e para já, basta.
 O artista sente uma necessidade de criar, sentido igual necessidade em ver obras alheias à dele. Criar para si. Criar para o outro. O artista é um conjunto de pequenas observações ao longo da sua vida. Falo do artista comum, fazedor da arte - mas no entanto, darei ênfase ao actor - artista que melhor conheço. 
 O actor não é um ser comum. É um ser sensível à arte de representar. À arte de se dar ao outro. Sim: dar-se ao outro é uma arte! E nem todo o Ser se predispõe a dar-se!
 O Teatro predispõe as armas, e tu, o corpo. O Teatro e o actor são como uma relação amorosa. Uma relação carnal! Fazer Teatro é a relação de amor que melhor compreendo. E o amor não se deve compreender, mas viver! Pois bem, eu vivo o Teatro! Eu tento viver, pois é a maneira mais próxima do amor verdadeiro que tenho. E preciso. Eu preciso do Teatro para viver. É pelo Teatro que quero viver!
 Poder estar a fazer Teatro neste dia é dos maiores privilégios que a vida me deu!


terça-feira, 24 de março de 2015

A chegada da Primavera

23.Março.2015

 Ontem nem tempo tive de aqui vir, tal era o feliz cansaço que me pairava pelo corpo. Tive um dia tão bonito, e partilhei-o com pessoas de quem gosto muito!
 O tempo a meu favor.
 Ora, agora em ensaios, o tempo torna-se escasso, mas acho que ontem o consegui esticar um pouco. Festejei com um pequeno-almoço tardio, um almoço um pouco rápido demais, um maravilhoso ensaio, a rematar com um jantar em óptima companhia. No meio de tanta correria, ainda tempo houve para poder abraçar a minha Filipa! Que dia intenso.
 O dia até estava mais ou menos planeado, mas confesso que cheguei a pensar não ter tempo físico para chegar a todo o lado. Consegui!
 25 primaveras - acho que ainda me estou a habituar a este número que me acompanhará ao longo deste novo ano.
 Estou feliz. Estou feliz porque estou a fazer aquilo que mais gosto. Estou feliz porque o estou a fazer com pessoas maravilhosas.
 Que aprendizagem!
 É tão bom ter amigos tão bonitos! Ter amigos que vêm a Lisboa com o desejo de passar tempo de qualidade connosco. O grande Rui, em viagem, parou em Lisboa para jantarmos. Pude, finalmente conhecer a Ana - que adorei! Saí do ensaio, e fui ter com eles.
 Minutos antes disto, abracei a minha Filipa! Foi o encontro-foguete mais rápido que tive, mas foi tão bom como se tivesse um dia inteiro com ela. É magia Filipa, é magia.
 O dia começou cedo, com direito a pequeno-almoço prolongado com a minha Eli. Já não nos víamos há uns tempos e que melhor dia haveria para matar saudades?! Só este, pois então.
 Não vi todas as minhas pessoas que gostava, mas com as que tive fizeram-me o dia.
 O B R I G A D A!

sábado, 21 de março de 2015

Descanso em Tebas em dia de Poesia!

21.Março.2015

 Ontem foi dia de Teatro. Preciso. 'O bom filho a casa retorna'. A Guilherme Cossoul tem nova cara, mas o mesmo amor! E que bom foi voltar a estar com esta minha família, e conhecer novos membros. Sinto-me sempre tão bem nesta minha casa, e poder estar com as pessoas que realmente gosto sabe-me tão bem.
 "Teremos Sempre Tebas" - é uma peça cuja a história foi escrita a partir de um concurso literário. MARAVILHOSO, pois então. Trata a história de Édipo rei. Édipo já matou o seu pai e casou com a sua mãe. É uma tragédia posta em comédia. Uma hora e pouco a rir com as brilhantes interpretações dos meus queridos Miguel e Cláudio!

A ausência por estas bandas é sinónimo de FELICIDADE! Tanto aconteceu em tão pouco tempo que eu ainda estou a processar o que estou a viver. Chega agora altura de falar. De escrever. De partilhar. Há quase um mês - como o tempo voa - propus-me a uma transcendência pessoal. Digo transcendência, por nunca me tinha imaginado a fazer tal coisa. Mas em bom cliché: "só é impossível até acontecer"
 Há quinze dias que vivo no meu pequeno mundo. Que acredito em mim enquanto pessoa realizada. Voltei ao amor da minha vida - o Teatro. Trabalhar com o Luis Miguel Cintra está a ser uma experiência única e intransmissível. Gostava de conseguir transcrever aquilo que tenho sentido e aprendido ao longo dos dias, mas ainda não sou capaz.
 No dia 28 de Janeiro inconscientemente levantava a ponta daquele que seria o pano para o amor. Decido enviar uma "candidatura" para uma audição. Não tinha noção da dimensão. Não tenho ainda. Se terei, não sei.
 Quero aproveitar. Preciso absorver tudo quanto posso. A experiência por si é uma inspiração. Fazer uma audição é uma experiência pela qual confesso nunca ter pensado passar. Por muito que se possa idealizar, tu NUNCA sabes o que farás numa audição. Jamais esquecerei esta experiência que ainda agora começou. Anda tudo numa euforia em torno de mim. Ainda tento perceber o porquê.

 Hoje, em dia Mundial da Poesia, fui até ao CCB ouvir declamar grandes poemas por grandes pessoas minhas. Estive com pessoas de quem gosto muito. E ver essas minhas pessoas a fazerem o que gostam, é amor! No dia que recebemos a Primavera, sou feliz por ter estado com pessoas especiais e queridas para mim: ISA, SÍLVIO, ANABELA, LARA! Os meus queridos colegas, amigos e pessoas que admiro. Muito. Obrigada a todos <3





sexta-feira, 6 de março de 2015

Amor e Informação

06.Março.2015

  Ontem fui a um lançamento de um livro muito giro. FRANCISCO, com textos e imagens engraçadas. Da lista infindável de peças que quero ver, 'Amor e Informação' já (quase) tinha saltado. Mas felizmente ainda as há - as peças - que conseguem manter-se um longo período de tempo nas casas que as acolhem!
 Fui até ao Teatro Aberto. Não devia dizer isto, mas nunca tinha ido a este teatro. Talvez pela inacessibilidade.
 A peça tem uma dinâmica diferente das 'tradicionais'. São pequenos 'scatch', o os cenários são mudados em segundos, com a ajuda de pequenos blackouts. Cada scatch tem um título. Vemos mais de cem personagens em mais ou menos cinquenta peças. Ao todo, temos treze actores, que num momento estão todos em cena! Há uns scatch bem interessantes. E interpretações excelentes.
 Há uma semana atrás, tinha ganho um bilhete duplo.
 Tinha alguma curiosidade de ver esta peça e certos actores que nela participam, em cena. E claro, em conhecer o Teatro enquanto espaço.
 São duas horas bem passadas. Não existe o 'perigo' das cenas caírem no cansaço do espectador pela curta duração das mesmas.






quinta-feira, 5 de março de 2015

Lisboa Famosa Portuguesa e Milagrosa

03.Março.2015

 Uma semana sem ir ao Teatro. Sete longos dias. Custa um pouco, mas às vezes tem que ser!
 Iniciámos o melhor mês do ano! Pelo simples facto de pertencer ao Teatro! Lá chegaremos...
 A minha Filipa veio viver para Lisboa, e tínhamos que fazer uma recepção à altura. Teatro foi o serão de Terça-feira, pois claro!
 Encontrámos-nos no Rossio e fomos jantar a casa dela. Adoro ter a Filipa em Lisboa. Finalmente a minha partner de Teatro estava comigo! Agora aproveitamos o tempo o melhor possível!
 Queria MUITO ir à Cornucópia ver o meu querido Isac! A peça retrata cenas misturadas a partir de diferentes autos em que traçam um retrato de Lisboa de uma época quinhentista. Encontramos diversas cenas e muitos personagens diferentes. Um retrato para perceber como era o trabalho de cada profissão - as que existiam - na altura.
 Três horas de espectáculo, com um intervalo de 10mins muito bem passados! Cada cena tem tanta força que se torna impossível - embora extensa duração - um cansaço por parte do público. Claro que, para o caso, o elenco ajuda, e bastante! São realmente todos muito bons! É daquelas peças que via de novo! Quem sabe...
 Queridos leitores, ide ao Teatro! Com urgência.
 Obrigada Filipa! Obrigada Isac!
 Depois de uma maravilhosa noite, ontem foi dia de almoço na Mamie. Que bom! E só meninas. É o tempo todo a conversas e a rir! Como esteve um dia bonito, solarengo e quentinho, fomos dar uma voltinha.